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Cerca de 400 professores de todo o país se reúnem, a partir deste domingo (15), em Manaus, para debater a exigência de dez por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para o setor de educação; a situação dos profissionais da área e o Plano Nacional de Educação 2012-2020 (PNE), que está sendo discutido na Câmara dos Deputados e deve ser votado em fevereiro.

As discussões estão inseridas na programação do 31º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). O evento ocorre até esta sexta-feira (20), em um hotel na Zona Oeste de Manaus.

De acordo com o secretário-geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), Alcimar Oliveira, a exigência de 10% do PIB é o mais próximo do ideal para dar mais qualidade à educação brasileira. “Hoje, são sete por cento para a educação. É muito pouco. Não cobre tudo o que precisamos e nem nos concede a possibilidade de melhorarmos a qualidade da educação”, afirmou ao G1.

O plano de carreira do professor de ensino superior também deve entrar na pauta do evento. Ainda segundo o secretário-geral da Adua, o Governo Federal está rejeitando as propostas da ANDES-SN. “Já houve muita distorção nesse plano. O Governo já está querendo criar mais classes. Hoje, temos 13 níveis. O Governo quer aumentar para 20. Esses níveis são ruins.

Eles deveriam aceitar nossa proposta e aumentar o salário base. Um número alto de níveis”, explicou, “faz com que o profissional crie uma falsa expectativa de aumento de salário porque leva muito tempo para subir de cargo. O professor tem que passar dois anos em cada cargo. Leva tempo. Nosso contra-cheque, por exemplo, é cheio de gratificações. Uma coisa insegura. Queremos que toda a nossa remuneração seja em uma linha”, disse o professor.

Segundo a presidente da ANDES-SN, Marina Barbosa, as discussões ocorrem em um momento de grandes desafios para a educação brasileira e para a classe trabalhadora.

“Iremos discutir estratégias de combater a forma como o Estado busca se desvincular da responsabilidade na implementação e manutenção de políticas públicas essenciais à sociedade, com foco nos direitos dos trabalhadores e, principalmente, na Educação, que para o ANDES-SN deve ser pública, gratuita e de qualidade”, explicou.

O resultado dos debates irá compor o plano de lutas do sindicato nacional este ano. “A expansão da Educação Pública a qualquer custo, mas sem garantir qualidade, precisa ser fortemente combatida. Em várias partes do mundo a população foi às ruas exigindo melhorias na educação. O grande desafio é que essas reivindicações se transformem em ações”, ressaltou a presidente do sindicato nacional.

(G1)

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