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Os livros didáticos impressos já são coisa do passado em cursos de graduação e pós-graduação a distância de universidades particulares. O material em papel vem sendo substituído por dispositivos móveis do tipo tablet. Em uma tela de 10 polegadas, o aluno pode assistir a aulas gravadas ou a videoconferências, ler arquivos em PDF recomendados pelo professor, fazer exercícios e conversar com colegas de turma em fóruns e chats. Com um pouco menos de conforto, todas essas atividades também podem ser realizadas pelo celular.
Entre as instituições que adotaram a medida estão a Unip (Universidade Paulista), a ESPM (Escola Superior de Publicidade e Marketing) e o Centro Universitário Uniseb. Já o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de São Paulo e a FGV (Fundação Getúlio Vargas) têm projetos adiantados para lançar o serviço.

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Há casos em que a escola entrega o dispositivo sem custo adicional para o estudante e, normalmente, o material não precisa ser devolvido após a conclusão do curso, somente em caso de desistência. Outras vezes, a instituição oferece só os livros em PDF e as plataformas de interação.

Investimento em tecnologia
As novas ferramentas exigem que as escolas invistam em tecnologias que adaptem os conteúdos aos meios digitais menores. “Em um dispositivo móvel, você tem uma navegação diferente da do PC. O usuário tem de conseguir fazer o que quer com menos cliques”, explica Bruno Weiblen, gerente da Blackboard no Brasil, empresa especializada nesse tipo de ferramenta, com mais de 300 mil usuários. Segundo ele, as instituições de ensino começaram a investir mais em tecnologia móvel em 2011.

A Unip, por exemplo, não oferece tablet ao estudante, mas verificou que 15 mil dos 55 mil alunos dos cursos de graduação e pós-graduação a distância já usaram alguma aplicação em tablet, desde que o sistema foi implantado, há quatro meses.

Anselmo Eduardo Martelini Júnior, 28, é gerente de projetos de tecnologia e cursa uma pós-graduação chamada EDP de Negociação (programa de desenvolvimento executivo em negociação, em tradução livre), com duração de sete meses. No início, recebeu todo o material didático: um tablet. “Cada módulo tem um mês. Antes de começar cada um deles, você baixa o material, que inclui tanto textos quanto alguns vídeos com especialistas falando sobre o assunto. O conteúdo é sempre atualizado, e você pode assistir a vídeos de especialistas que não vão estar no Brasil”, conta.

Defensores do papel

Na maioria dos casos, os dispositivos eletrônicos são oferecidos como alternativa aos estudantes, mas já há tentativas de acabar com o material impresso. No Uniseb, por exemplo, apenas materiais digitais e um tablet foram entregues aos estudantes no início deste ano. Alguns não gostaram da mudança, como a auxiliar contábil Priscilla Santos Sassone, 24, graduanda no curso a distância de ciências contábeis: “Dá medo de usar na rua e alguém roubar. E, com o livro, eu fico mais a vontade para fazer anotações”.

Priscilla faz parte de uma minoria, de acordo com a entidade. “De 15 mil, apenas 296 optaram pelo material impresso”, informou Jeferson Ferreira Fagundes, pró-reitor de educação a distância da Uniseb. Após as reclamações, a instituição voltará a oferecer o material impresso como opção, desde que o estudante devolva o tablet.

Economia de recursos

Os tablets, além de ampliar as possibilidades de estudo do aluno, também oferecem vantagens econômicas às escolas em relação à distribuição do material didático. “Antes, enviávamos livros quatro vezes por ano. Hoje, mandamos um tablet uma única vez, e o aluno carrega o conteúdo pela internet”, conta Fagundes.

“O custo de produção inicial é praticamente o mesmo (design, diagramação e professores). Mas a distribuição do online tem um custo muito menor do que o de impressão e distribuição”, explica Beto Lucena, gestor de produtos da Affero, companhia que também produz tecnologias de ensino móvel.

A Estácio, instituição de ensino que oferece tablets a estudantes do ensino presencial desde março de 2011, estima que a migração do material didático para o meio digital gere uma economia anual de 6 milhões de páginas impressas.

(UOL)

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