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De Vagner Alencar, do Porvir

Alunos do ensino médio de 12 escolas do Ceará tiveram um aumento na carga horária para incluir aulas obrigatórias de metodologias de pesquisa. O programa, ainda piloto, chamado de Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais criado pelo Instituto Aliança em parceria com governo oferece aos jovens a oportunidade de ter um primeiro contato com técnicas para montar projetos, questionários, sair a campo e analisar as descobertas. Além de aproximar esses estudantes do universo da investigação científica, a proposta é que o programa ajude os jovens a desenvolverem suas identidades e seja uma arma no combate à evasão escolar.

Há um mês, as 12 escolas selecionadas, que são da rede estadual e atendem a cerca de 3,6 mil alunos do primeiro ano do ensino médio, ganharam quatro horas a mais na grade semanal. Nessas aulas, os professores capacitados trabalham as metodologias de pesquisa reunindo conteúdos das demais disciplinas e colocando os jovens para buscarem pistas, caminhos e soluções para se informar sobre os temas propostos.

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Entre os objetos de investigação estão a história do seu território e da sua própria família. “É preciso primeiro se descobrir. Por isso, trabalhamos com os estudantes a autoidentidade e a autoimagem, para que eles possam se perceber como leitores e pesquisadores. E também para que sejam mais interessados e se integrem à comunidade a partir da pesquisa”, afirma Eveline Correa, coordenadora pedagógica regional do Instituto Aliança.

De acordo com os especialistas, se descobrir, conhecer a origem da família e de seu sobrenome, o bairro em que nasceu, onde vive e como esse ambiente influencia em suas características pessoais, também ajuda o jovem a permanecer na escola. Quanto mais interessados pelo mundo ao seu redor, melhor seria a relação dos estudantes com o aprendizado e com a escola. Segundo os dados do censo escolar 2011, divulgados na semana passada, o estado do Ceará tem um índice de evasão escolar de cerca de 11,5%, valor superior à média nacional, que é de 9,6%.

Na prática

Cada instituição ganhou um núcleo de pesquisa onde professores capacitados relacionam os conteúdos trabalhados em outras disciplinas ao processo de investigação. A partir da pauta saúde na escola, por exemplo, os educadores correlacionam o exercício aos estudos de história e ciências.  “Estamos terminando o primeiro mês de aula com resultados positivos, conseguindo usar com sucesso essa metodologia de integração, levando as reflexões em sala de aula para a prática, fazendo com que os alunos associem os conteúdos ao dia a dia deles”, afirma a coordenadora.

A ideia é que, no final do ano, o modelo seja apresentado a todas as escolas regulares de ensino médio do estado. Além disso, técnicos serão formados para acompanhar e avaliar o desenvolvimento do programa nesta primeira fase. A partir do ano que vem, a proposta é iniciar o projeto também com as turmas do segundo ano. Em 2014, a previsão é que o programa contemple todos os anos do ensino médio.

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