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De Felipe Tau, do Jornal da Tarde

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) pode ganhar catracas nas entradas do prédio, na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. A medida, polêmica no câmpus, está sendo submetida a um plebiscito desde segunda-feira e a votação se encerra hoje (dia 1º), às 21 horas. O resultado será divulgado no site da faculdade na segunda-feira e vai definir as ações da diretoria.

O projeto de colocação das roletas ganhou força depois que um estudante de 24 anos foi assassinado no estacionamento da unidade, em maio do ano passado. Por restringir o acesso a um prédio público, a medida tem divido opiniões, motivo pelo qual foi feito o plebiscito.

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Estão aptos a votar todos que têm vínculos com a faculdade: 3,5 mil estudantes da graduação e da pós-graduação, 185 professores e 140 funcionários. O resultado em cada categoria tem o mesmo peso e vale um voto na decisão final, ou seja, é preciso que duas ou mais categorias aprovem as catracas para que elas sejam colocadas.

De acordo com Reinaldo Guerreiro, diretor da FEA, a ideia é discutida desde fevereiro de 2011, quando foi criada a comissão de segurança da unidade. Ele nega que as catracas visem barrar pessoas na porta.

“Se não soubermos quem está no prédio, não adianta ter câmeras (são 250 na FEA). O conceito não é impedir ninguém de entrar, mas fazer as pessoas se identificarem”, explica. Segundo ele, alunos, professores e funcionários da USP com crachá passariam automaticamente. Já os não alunos teriam de informar seus dados a recepcionistas.

Para o Centro Acadêmico Visconde de Cairu, da FEA, que solicitou a votação, as catracas não são bem-vindas. “É nítido que mecanismos de controle de acesso têm como consequência o isolamento de áreas públicas e o possível cerceamento de ações espontâneas da comunidade acadêmica”, diz um trecho do manifesto oficial divulgado pelo grêmio.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP tem a mesma visão. “A USP é uma universidade pública e, por isso, o acesso também tem de ser público. A circulação de pessoas é que traz a segurança”, opinou a estudante Paula Kaufmann, de 20 anos, do 4.º ano de Ciências Sociais.

Entre alunos da FEA, quatro, de seis ouvidos, eram contra as catracas. “O problema é lá fora, não aqui dentro. A iluminação deveria ser a prioridade”, disse Pedro Jordano, de 19 anos, do 1º ano de administração. O edital para ampliar a iluminação foi suspenso em maio por irregularidades.

Para Natacha Perez, de 24 anos, do 5º ano de Economia, as catracas devem existir. “O cara que matou o estudante circulou por aqui antes. O acesso deveria ser só para quem é da USP”, defendeu.

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