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publicado dia 20 de junho de 2012

Ex-presidenciáveis, Marina Silva e Heloísa Helena cobram posição de Dilma na Rio+20

Marina Silva acredita que Rio+20 está criando objetivos genéricos que não levarão a nada.

Nesta terça (19/6), a ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva, pediu à presidenta Dilma que não perca a oportunidade de “fazer a diferença” na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.  “Espero que não saiamos com objetivos genéricos, mas com propostas sérias de governanças e um fundo de investimento para implementar as ações [sustentáveis] nos países pobres”, afirmou, durante o debate “Diálogos Intergeracionais”, na Cúpula dos Povos.

A proposta de criação de um fundo de US$ 30 bilhões, feita pelo G77 – grupo dos países em desenvolvimento – , foi excluída do “texto final” da Rio +20.”As pessoas aprenderam que a melhor coisa quando não se quer fazer nada no processo multilateral é criar objetivos genéricos”, complementa.

Para Marina, é preciso pensar em um desenvolvimento com base na sustentabilidade ambiental, social, cultural, econômica, política e ética, estabelecendo prazos concretos, já que o planeta está em risco e não há tempo para uma transição melhorada. Marina criticou ainda a posição de adiar a decisão do texto que altera o Código Florestal para depois da Rio+20.

A ex-ministra ressalta que não está fazendo oposição ao governo, mas que está apenas demarcando sua posição. “O mundo não precisa mais da dicotomia entre oposição e situação porque, alíás, ninguém sabe quem é oposição e situação”. Apesar de ver poucos avanços na política ambiental nos últimos 20 anos, ela acredita que houve um aumento do comprometimento das pessoas com o meio ambiente e encerra o discurso pedindo ao público que não seja pragmático e realista, mas que seja sonhador, como ela foi.

Diálogos Intergeracionais

"Pobreza extrema é a ausência de política pública", afirma Heloísa Helena.

Participou também do debate, a vereadora Heloísa Helena (AL), que teceu elogios às “experiências de vida” de Marina Silva, criticou  a ausência de políticas públicas do país  e aqueles que dizem que os ativististas não querem o crescimento econômico do país. “Nós queremos o progresso com aproveitamento de terras agricultáveis e recursos hídricos, são eles que não querem a prosperidade econômica e o combate à pobreza”, afirma. Para ela, o homem e a mulher não são maiores que outros seres vivos e, por isso, é necessário parar de destruir a natureza e pensar em formas de conviver harmonicamente com o meio ambiente.

Já Oded Gradew, fundador da Rede Nossa São Paulo, defendeu a importância de pressionar o governo para influenciar diretamente nas decisões que estão sendo tomadas. Pediu também que a população exerça sua cidadania durante as eleições municipais do segundo semestre e escolha bem seu candidato, averiguando quem finacia as campanhas políticas, para saber “a serviço de quem” cada um vai legislar.

O debate contou ainda com representantes de outros países, que compartilharam suas experiências de ativismo por um mundo mais sustentável. Entre elas,  a indiana Vandana Shiva, admitiu seu pessimismo com a Rio +20, criticou a economia verde e atacou a multinacional Monsanto, responsável por mudanças genéticas em sementes vendidas à agricultores.

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