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publicado dia 5 de julho de 2012

Estudantes da Amazônia tem desempenho abaixo da média nacional

Informações com Pública

Compilados pelo movimento Todos pela Educação, dados do Saeb (Sistema Nacional da Educação Básica, programa do Governo Federal) indicam que os estudantes da Região Amazônica estão bem abaixo da média nacional quando o assunto é desempenho.

Números de 2007 (ver quadro) demonstram que a maioria dos meninos e meninas da região Norte apresentou desempenho abaixo do esperado para a sua série, tanto em Português como em Matemática. E a situação piora após alguns anos na escola: no último ano do Ensino Fundamental, o desempenho é sofrível.

Em Matemática, por exemplo: de cada 100 estudantes na 8ª série (9º ano) na Região Norte, menos de 10 têm desempenho adequado. Péssima notícia para um país que sofre com a falta de mão-de-obra técnica qualificada, especialmente em Engenharia, que depende da formação em Matemática.

Não parece tão difícil identificar as causas deste baixo desempenho dos meninos da Amazônia: corrupção e problemas de gestão aparecem associados ao sistema público de ensino na região Amazônica, ao menos no âmbito municipal, como veremos na segunda reportagem desta série.

Uma situação que contrasta com o vertiginoso crescimento econômico da região – afinal, Rondônia e Roraima estão entre os estados que mais crescem no país.

O resultado de políticas públicas ineficientes aparece nos dados desta reportagem: em pelo século 21, em plena “Era da Informação”, ainda há muitos analfabetos na região Norte.

Além disso, todos os Estados da região estão abaixo da nota média do Brasil no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da primeira etapa do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries). O mesmo cenário, com exceção do Acre, se repete na segunda parte do antigo 1º grau.

E os problemas não se restringem ao Ensino Fundamental. As taxas de abandono no Ensino Médio são bastante altas na região, bem maiores do que a média nacional, atingindo quase 18% dos estudantes no Pará, por exemplo.

Uma parcela das gerações mais vividas da Amazônia não teve oportunidade de obter educação formal (veja dados sobre a proporção de pessoas que nunca freqüentaram a escola). A geração adulta atual comemora os raros feitos dos amazônicos na área do conhecimento.

E as futuras gerações de líderes da região?  Quase 100% deles está atualmente na escola, mas o retrato do desempenho dos alunos indica que o acesso não resolve a questão. Uma vez na escola, ainda há muito a ser feito para que os meninos da Amazônia recebam tanta atenção e investimento quanto a sua floresta.

Confira os infográficos com dados sobre a educação na Amazônia

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