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Mais de 12 mil projetos se inscreveram na 9ª edição do Prêmio Itaú-Unicef, em 2011, que estimula práticas de educação integral no Brasil. Para debater questões relacionadas ao tema, aprimorar e ampliar as experiências, as organizações inscritas foram convidadas para participar de encontros presenciais de formação, em Porto Alegre (RS), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e São Paulo (SP).

Conheça sete experiências apresentadas, que contribuem para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, fortalecendo vínculos com o seu território.

Carpe Diem, da Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente ( Mogi Mirim/SP)

A Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente realizou este ano o 2º Fórum Arte-Educação : Por uma Educação Integral.

Há dez anos, a iniciativa utiliza a arte-educação como ferramenta para a promoção da cidadania. As linguagens do circo, teatro, dança, música e literatura  são levadas a cerca de 250 crianças e adolescente, de 6 a 19 anos, no município de Mogi Mirim, em São Paulo.

A coordenadora geral da Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente, Maria Isabel Somme relata que o Carpe Diem era realizado, inicialmente, dentro das próprias escolas, no período contra-turno. Com o tempo, as atividades lúdicas foram inseridas no cotidiano, por meio da articulação de diferentes espaços de aprendizagem, com o intuito de trabalhar o desenvolvimento integral dos jovens e possibilitar uma atuação transformadora e inovadora.

Pés do Futuro, do Ballet de Santa Teresa (Rio de Janeiro / RJ)

Segundo a professora de Ballet, Vânia de Queiroz, tudo começou quando uma garotinha lhe parou na rua para perguntar quando ela iria lhe dar aula de ballet. Vânia começou a oferecer aulas gratuitas nas associações de moradores do Morro da Coroa, que fica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Com a falta de estrutura adequada, sugeriu a mudança para o centro cultural local e a primeira pergunta que ouviu dos pais das alunas foi “E nós podemos entrar lá?”.

Foi a partir desse episódio que Vânia percebeu a distância que existia entre os moradores da favela e o próprio bairro turístico de Santa Teresa, conhecido por sua riqueza cultural. O foco inicial do projeto foi, portanto, estreitar os laços entre moradores e o seu território. Com o uso da linguagem artística, o Pés do Futuro integra e motiva um trabalho de base educacional, promovendo o desenvolvimento pedagógico, intelectual e psicológico, além da integração sociocultural de crianças e adolescentes.

Jovens Urbanos, da ONG Comunidade Cidadã (São Paulo/SP)

Jovens fazem experimentação de grafite na comunidade.

Gerida pelos próprios jovens dos bairros do Grajaú, Cidade Ademar e Parelheiros, na região sul da capital paulista, a ONG Comunidade Cidadã busca a transformação social nos territórios. Para o fundador da organização, Flavio Munhoz, a “mudança deve vir de dentro para fora e, para isso, as escolas públicas devem se abrir para um bairro-educador”.

Um dos projetos de destaque da instituição é o Programa Jovens Urbanos, que amplia o repertório sociocultural de jovens de 16 a 21 anos, oferecendo atividades de formação que lhes dão a oportunidade de explorar, experimentar, circular e produzir na cidade. Com isso, contribui não só para o acesso aos equipamentos públicos culturais, mas também para a permanência na escola e inserção no mercado de trabalho.

A Força da Cor, da Associação Cristã de Moços de São Paulo (São Paulo /SP)

Foi durante os ensaios periódicos do grupo de Maracatu Ilê Alafia que a falta de pertencimento às suas origens africanas foi identificada pelas crianças e adolescentes atendidas pela Associação Cristã de Moços de São Paulo. Para discutir o tema, desde 1999, a instituição que atua no bairro do Jabaquara na capital paulista, realiza bate-papos e oficinas de mobilização com esses jovens.

Paralelamente, são promovidos ciclos de palestras com as famílias e atividades reflexivas nas escolas, que têm como objetivo valorizar a cultura africana e fortalecer a identidade étnico-racial de meninos e meninas. Segundo a gestora do projeto, Nelci Abilel, é necessário “construir uma comunidade educadora” para que esse trabalho se efetive.

Nessa Rua Tem um Rio, do Instituto Undió (Belo Horizonte/MG)

Entre outras atividades, a organização oferece oficinas de percussão.

Em um processo criativo e coletivo que envolve artistas, educandos e educadores, é promovida a reflexão sobre a importância de patrimônio cultural na identidade comunitária. E como isso é feito? “Pela apropriação da cidade e transformação da transgressão que existe dentro de cada criança em potencial artístico”, explica Thereza Portes, coordenadora do Instituto Undió.

A partir de oficinas de desenhos oferecidas em escolas públicas, formou-se um grupo interessado em pensar a cidade e intervir nela. Por meio do grafite, o Nessa Rua Tem um Rio ocupou as ruas da capital mineira e, aos poucos, agregou artes plásticas, música e teatro a suas atividades.

Livros em movimento, da Casa da Criança do Morro da Penitenciária (Florianópolis/SC)

No Morro da Penitenciária, em Florianópolis (SC), a Casa da Criança atua na perspectiva da educação integral, contemplando as múltiplas dimensões humanas: intelectual, afetiva, física e social. Um dos trabalhos das organização é o “Livros em movimento”, que leva a cultura e a literatura para a comunidade, através das crianças e adolescentes atendidos na instituição.

Quatro sacolas com um gibi, dois livros e uma revista percorreram as casas da comunidade. Além dos exemplares, o kit conta com um folheto explicativo e um formulário para sugestões do que podem ler da próxima vez. A ação não só incentivou a leitura entre os jovens, mas também fortaleceu os vínculos familiares, com a participação dos pais nesse processo educativo.

Arte Cidadania, do Serviço de Engajamento Comunitário (Vitória/ES)

Contribuir para o desenvolvimento das potencialidades de crianças e adolescentes, de 7 a 18 anos, oferecendo um itinerário formativo em arte é a proposta do Arte Cidadania, que atua no bairro de São Benedito em Vitória (ES). As artes visuais, dança, música e teatro são utilizados como instrumento para elevar o autoconhecimento e a percepção da realidade, expandindo as perspectivas sociais e profissionais dos jovens. De acordo com o coordenador geral do Serviço de Engajamento Comunitário, Felipe Dall’Orto, o trabalho só é possível com a articulação entre as escolas e o diálogo com as famílias.

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