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publicado dia 21 de dezembro de 2012

Consórcio internacional visa ao empreendedorismo social

Por Valéria Dias, da Agência USP

A USP é uma das cinco instituições acadêmicas universitárias mundiais que vai participar de um consórcio internacional comandado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. O objetivo do consórcio é criar uma rede de Centros de Inovação Social sediados em cada uma dessas instituições com extensão em comunidades de baixa renda, visando o desenvolvimento de tecnologias sociais para essas comunidades.

O Laboratório de Sustentabilidade (LASSU) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Escola Politécnica (Poli) sediará o Centro de Inovação Social na USP. Também integram o consórcio a Universidade do Estado do Colorado, a Faculdade de Engenharia Franklin Olin, a Universidade da Califórnia em Davis, todas nos Estados Unidos, e a Universidade Kwame Nkrumah de Ciência e Tecnologia, em Gana, na África. No MIT, a iniciativa está ligada ao Programa MIT D-Lab (Development through Dialogue, Design and Dissemination).

Os recursos totais do projeto, da ordem de U$ 25 milhões, são provenientes da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e serão administrados pelo MIT.

“O projeto tem o objetivo principal de promover o empreendedorismo social para comunidades de baixa renda”, explica a professora Tereza Cristina Carvalho, coordenadora do LASSU. “Isso advém da promoção de inovação social a partir do processo criativo colaborativo envolvendo universidade, comunidade de baixa renda e empreendedores”, completa.

IDDS
A ideia que permeia o consórcio é a mesma da observada no Encontro Internacional de Design para o Desenvolvimento Social (International Development Design Summit – IDDS na sigla em inglês). Leia matéria completa sobre o IDDS Brasil 2012 neste link.

O IDDS é um projeto idealizado pela professora e pesquisadora Amy Smith, do D-Lab do MIT, e que irá coordenar o consórcio internacional. Um dos objetivos principais do IDDS é fazer as pessoas perceberem que qualquer um pode ser inovador e desenvolver tecnologias. Para isso, o encontro reúne pessoas de diversas partes do mundo criando uma comunidade global de inovadores interessados em propor soluções sustentáveis de baixo custo para comunidades carentes.

A sexta edição do encontro ocorreu no Brasil, em julho de 2012, e teve como anfitriões a USP (representada pelo LASSU) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A criação do consórcio internacional tem o objetivo de levar o método de trabalho desenvolvido durante os encontros do IDSS para as universidades participantes, de modo que elas possam replicar o mesmo modelo localmente, além de disseminar a metodologia do IDDS.

Consórcio
O consórcio internacional foi anunciado no último dia 9 de novembro em Washington, DC. Desde então, toda a equipe do consórcio, tem trabalhado no desenvolvimento de um planejamento detalhado para a execução do primeiro ano do projeto. Isso inclui detalhamento dos resultados e impactos esperados do projeto, definição de indicadores de desempenho, especificação dos equipamentos a serem adquiridos, programação de cursos e treinamentos, além da contratação de recursos humanos.

Uma das vertentes do projeto prevê o intercâmbio entre os alunos das instituições envolvidas no consórcio, alunos de graduação, pós-graduação e especialização (como alunos de programas de MBA). “Cada universidade terá três pessoas dedicadas exclusivamente aos projetos ligados ao consórcio, além de alunos de iniciação cientifica, mestrado e doutorado em tempo parcial”, diz a professora Tereza Carvalho. Hoje, participa também do projeto o coordenador técnico do IDDS Brasil 2012, Miguel Chaves.

Estão previstas reuniões quinzenais por videoconferência com os outros integrantes do consórcio, além de reuniões presenciais semestrais. Haverá ainda o intercâmbio de alunos entre as universidades participantes.

A expectativa é que, até o final deste mês de dezembro, seja finalizado o contrato entre a USP e o MIT, que está sendo realizado via Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP). O projeto terá duração de cinco anos.

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