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publicado dia 18 de janeiro de 2013

Estudo destaca escolas com alunos de baixo nível socioeconômico

Por Mariana Mandelli, do Todos Pela Educação

Relatório mostra como atuam escolas públicas com bom desempenho nas avaliações.

Definir metas, usar dados das avaliações para direcionar o trabalho pedagógico e acompanhar de perto o desenvolvimento dos alunos são ações que ajudam a garantir uma Educação de qualidade. O desafio é coloca-las em prática, como fazem algumas escolas públicas do País que recebem alunos de baixo nível socioeconômico e, contra as adversidades, promovem ensino e aprendizagem com excelência.

O diagnóstico foi feito pela Fundação Lemman e pelo Itaú BBA, no estudo “Excelência com Equidade”, divulgado no fim do ano passado. O relatório destaca seis escolas públicas dentro de um grupo de 215 que atendem alunos de baixo nível socioeconômico e que obtiveram bom desempenho na Prova Brasil 2011 e, consequentemente, altos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). São elas: Escola Municipal Beatriz Rodrigues da Silva, em Palmas (TO); CIEP Glauber Rocha, no Rio de Janeiro (RJ); Escola Municipal João Batista Filho, em Acreúna (GO); Escola de Ensino Fundamental Maria Alves de Mesquita, em Pedra Branca (CE); Escola CAÍC Raimundo Pimentel Gomes, em Sobral (CE) e a Escola Municipal Suzana Moraes Balen, em Foz do Iguaçu (PR). As escolas selecionadas localizam-se nas cinco regiões geográficas brasileiras.

A pesquisa avaliou o trabalho feito nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano). Hoje, o Ideb desse nível de ensino para todo o País é 5,0. Foram consideradas as unidades de ensino que tiveram uma taxa mínima de participação de 70% na prova e com Ideb igual ou superior a 6. Outro critério foi observar apenas os colégios que apresentaram, no mínimo, 70% do alunado no nível adequado de proficiência e, no máximo, 5% com desempenho considerado insuficiente.

A trajetória de evolução das escolas, entre 2007 e 2011, também foi levada em consideração. Já as condições das famílias dos alunos foram verificadas por meio de questionários que acompanham a Prova Brasil e que são respondidos pelos estudantes.

A ideia da pesquisa, segundo o economista e coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria, era justamente investigar o sucesso dessas escolas – um grupo de pesquisadores conferiu pessoalmente como os colégios selecionados procedem. O que eles encontraram não foi nada de muito surpreendente: as boas escolas são “normais” e não há nenhum tipo de milagre para obterem sucesso com alunos que fazem parte de famílias pobres.

Entre as práticas encontradas, além das já citadas – definição de objetivos, uso de dados e acompanhamento dos estudantes –, está fazer da escola um ambiente agradável e propício ao aprendizado. Para alcançar o sucesso escolar, o estudo destaca quatro estratégias-chave comuns entre as seis escolas: criar um fluxo aberto e transparente de comunicação; ganhar o apoio de atores de fora da escola (como entidades e o poder público); enfrentar resistências com o apoio de grupos comprometidos e respeitar a experiência do professor e apoiá-lo em seu trabalho.

“Os conceitos podem ser básicos, mas colocá-los em prática não é tarefa fácil. Ter liderança para coordenar mudanças e realizar avaliações, por exemplo, não são coisas simplórias”, destaca Martins. “Planejar e implementar tudo isso, enfrentando resistências, é o diferencial.”

Segundo ele, a ideia do estudo é justamente apresentar um conjunto de soluções possíveis, que possam inspirar outras escolas e redes a lidar com suas adversidades. “Tivemos uma preocupação em destacar práticas que podem ser replicadas.”

Para ler a pesquisa completa, clique aqui.

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