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Do Instituto Paulo Freire

Em 2012, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental Oscar Pennacino (Jardim Cipava II, Zona Sul) e Manoel Barbosa de Souza (Jardim Bonança, Zona Norte) da Rede Municipal de Educação de Osasco fizeram a diferença em suas comunidades. As Unidades Educacionais participaram das ações de mobilização comunitária do Programa “Osasco, Povo que Educa”, do Instituto Paulo Freire (IPF).

Estas ações buscam contribuir com o desenvolvimento local, a partir da identificação, fortalecimento e mobilização do potencial educativo das duas comunidades, estabelecendo vínculos cada vez mais fortes entre a escola e o contexto do qual faz parte.

A etapa de mobilização das comunidades teve início no segundo semestre de 2011, culminando nas palestras de lançamento e sensibilização sobre novos referenciais de educação integral articulada. Em cada escola polo foi constituído um Grupo de Articulação Local (GAL), formado por representantes da comunidade escolar e lideranças locais, que se reuniram quinzenalmente para reconhecer, mobilizar e articular os diversos sujeitos e organizações locais nas diferentes etapas do Projeto.

Os dois GALs, primeiramente, vivenciaram o processo de Leitura do Mundo, com o objetivo de encontrar novos potenciais educativos no entorno da escola. Em seguida, foram realizadas as Festas da Escola Cidadã (FEC), que fortaleceu o diálogo entre a escola e a comunidade. Neste momento as informações “lidas” pelas escolas no “mundo” ao seu redor foram apresentadas à comunidade de forma lúdica e acolhedora.

O resultado do primeiro semestre foi um material com os dados sistematizados que foram levantados durante os processos anteriores. Este documento foi a primeira versão do Plano de Trabalho Articulado (PLANTAR) dos GALs. Além disso, ele foi apresentado às equipes escolares como referencial para a construção coletiva dos Projetos Eco-Políticos Pedagógicos (PEPP).

No segundo semestre, as reuniões do GAL passaram a ser mensais e tiveram como foco a implementação das ações educativas articuladas, que foram definidas, planejadas e realizadas de acordo com as demandas, prioridades e potencialidades locais levantas no processo de leitura do mundo. Cerca de 800 familiares de alunos(as) da Rede participaram de diferentes atividades: Oficinas de fuxico, pintura em tecido, boneca de pano, fantoche, pão, bombom, maçã do amor; Grupos de ginástica e de iniciação em diferentes modalidades esportivas; Dias de Brincar no Parque; Saraus Comunitários; Cinedebates; Rodas de Conversa e marcha pelos direitos das Mulheres; Feira de artesanatos feitos pela comunidade. Além disso, os GALs elaboraram abaixo assinados para intervir em políticas públicas, integrando a luta local à municipal.

Confira, a seguir, trechos significativos de alguns depoimentos que revelam o impacto do projeto na comunidade:

“Faço parte do GAL porque quero encontrar uma forma de contribuir com a comunidade, para que todos se respeitem e se ajudem.” (Maria Lúcia Oliveira Fonte – GAL Jd. Bonança)

“Eu tenho um filho especial, fico na Escola Oscar Pennacino o período que ele fica na escola. Fico do lado de fora esperando ele e nesse intervalo eu passei a conhecer as inspetoras e a diretora da escola, que me perguntaram se eu queria me inscrever na oficina. Eu tinha desejo de aprender fuxico para fazer nesse tempo que fico esperando e consegui, agora aprendi a pintar pano de prato e pretendo ensinar outras pessoas.” (Valquíria Augusto de Campos – Comunidade do Jd. Cipava II)

“Eu tô bem contente, acho que nosso circuito de atividades pelos direitos das mulheres fechou com chave de ouro. Foi um passo inicial, para de repente, pensar sobre a temática e formar um Fórum Local.” (Ângela Santos – Agente Social do CREAS Margarida Maria Alves)

Desta forma, o projeto tem contribuído para a gestão colaborativa das oportunidades de educação integral que existem nas comunidades envolvidas, articulando movimentos, redes, associações, institutos e projetos que acontecem dentro e fora das escolas.

Como fortalecer os Grupos de Articulação Local em vista da sua autonomia? Como ampliar as ações de mobilização comunitária em outras comunidades? Como articular o potencial educativo local e contribuir com a educação integral? Esses são alguns dos desafios para 2013.

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