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publicado dia 12 de abril de 2013

Cottle fala sobre a Copa na África do Sul: “legado pra quem?”

Agência Pública

O pesquisador sul-africano Eddie Cottle, autor do livro “Copa do Mundo da África do Sul: um legado para quem?”, acompanhou o evento esportivo de 2010 e coordenou a campanha por trabalho decente entre os sindicatos da construção no país. Após entender o antes, durante e pós Copa, Cottle declara que as perspectivas de crescimento do país, aumento do número de empregos e no número de turistas nunca se concretizou.

Ele acredita que o cenário brasileiro pode ser ainda mais desanimador, especialmente por causa do grande número de despejos que já aconteceram nas cidades sedes. Para o pesquisador, podemos esperar aumento pequeno dos níveis de emprego a curto prazo, salários baixos e a maioria dos fundos públicos sendo desviados para os lucros de grandes empresas.

Cottle afirma que uma das maneiras mais perniciosas de fomentar a aceitação geral da Copa é por meio da divulgação de números exagerados de geração de empregos. Nesse sentido, o evento de 2010 parecia muito interessante para a África do Sul. O número de postos de trabalho foi estimado em 695.000 para os períodos pré e durante a Copa do Mundo, mas no segundo trimestre de 2010, as taxas de empregabilidade diminuíram em 4,7%, ou seja, 627.000 postos de trabalho foram perdidos.

Ele ainda salienta que, quando o termo “legado” é usado pelas comissões de licitação, Fifa e Comitês Organizadores Locais, funcionários do governo e consultorias econômicas, a palavra é considerada inteiramente positiva, com o argumento de que os benefícios do crescimento econômico e do desenvolvimento urbano irão para as comunidades como uma coisa natural. Mas nunca são feitos estudos sérios acerca dos investimentos feitos pelo governo e a que custo eles acontecem, como o impacto sobre o meio ambiente ou os custos sociais. O relatório econômico oficial é mantido sob sigilo e longe da discussão pública, simplesmente porque são falhos.

Leia a entrevista na íntegra

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