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publicado dia 20 de maio de 2013

Konkero leva educação financeira para fora da escola

"Deficiências com operações matemáticas simples dificultam controle sobre o seu próprio fluxo financeiro”, afirma especialista.

Prática pouco comum em sala de aula, embora de extrema importância, a educação financeira tem estimulado a criação de projetos fora da escola que visam melhorar a conscientização nas transações comerciais do dia a dia. É o caso do Konkero, uma plataforma criada em 2012 para ajudar pessoas a lidarem com assuntos que envolvam dinheiro.

Guilherme de Almeida Prado, diretor geral do Konkero, afirma que o objetivo da iniciativa é contemplar diferentes perfis, “que vão desde quem tem mais disciplina e consegue poupar até os que simplesmente não tem de onde cortar gastos em seu orçamento restrito, mas também desejam participar de um planejamento financeiro bem sucedido”.

No site do Konkero, os interessados em organizar as finanças encontram o passo a passo de como “conquistar a casa própria”, “o primeiro carro” ou “fazer faculdade”. Com linguagem simples e acessível, o portal conta com mais de 60 vídeos e 500 posts temáticos.

Escola

[stextbox id=”custom” caption=”Educação & Matemática” float=”true” align=”right” width=”250″]Um levantamento da ONG Todos pela Educação, divulgado no início deste ano, indica que entre 2007 e 2011 houve uma queda de 22% para 12% no desempenho em matemática dos estudantes do ensino fundamental. A análise revela ainda que 88% dos alunos não sabem calcular porcentagens ou a área de uma figura plana ou ainda ler informações em um gráfico de colunas. O cenário se completa com o déficit de professores de matemática, estimado em 65 mil.[/stextbox]

Prado defende o papel da escola na iniciação à educação financeira. “É importante que a escola também trate da relação das pessoas com o consumo, apontando aspectos fundamentais, como as relações comerciais básicas e como se reconhece o valor do dinheiro.”

Uma das aproximações possíveis, de acordo com ele, se dá a partir da percepção dos ganhos vinculados à temporalidade. “Um aspecto interessante é ensinar a importância de abrir mão de algumas coisas no curto prazo, para ter uma vida financeira melhor no futuro”, salienta.

Ele sugere que tais iniciativas incorporem atividades lúdicas, capazes de evidenciar as implicações do planejamento na própria vida. “Por exemplo, uma professora de matemática pode criar uma feirinha com dinheiro fictício para os alunos aprenderem a comprar e vender.”

Além de tornar o aprendizado de matemática mais rico, Prado avalia que o método pode ajudar alunos a descobrirem conceitos elementares de administração financeira, úteis para quando começarem a manipular dinheiro de verdade.

Matemática

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Fearp/Usp), Alexandre Nicolella, afirma que a matemática é fator determinante para um planejamento financeiro consciente e exitoso. Para ele, também é importante utilizar em sala de aula atividades que mostrem os benefícios de se abrir mão do consumo no presente pelo planejamento do futuro.

No caso de alunos do final do ensino fundamental, “pode-se mostrar como organizar um orçamento, estimulando essa percepção em casa, apontando como antecipar o consumo e quanto pagamos por essa antecipação (as dívidas), mas também o benefício de poupar”, sugere, indicando inclusive formas de incluir a integração da família no aprendizado financeiro dos jovens.  Ele ressalta ainda que, tais ensinamentos, quando praticados em sala de aula, podem vir acompanhados de conteúdos ligados à matemática financeira básica (cálculo de juros simples e compostos, desconto simples e composto etc).

O aprendizado de matemática é algo que deve ser acompanhado com especial atenção. “É fundamental que os jovens tenham uma base sólida de matemática na escola. Muitos ainda têm deficiências com operações simples, o que dificulta ter maior controle sobre o seu próprio fluxo financeiro”, aponta Prado.

[stextbox id=”custom” caption=”Pé-de-meia” float=”true” align=”right” width=”550″]Realizado pelo Clube do Mercado Financeiro da Fearp, o Pé-de-Meia é um projeto de educação financeira oferecido à comunidade desde 2012. Coordenado pelo professor Nicolella, o curso, dividido em quatro encontros de 90 minutos, trata de temas fundamentais, como financiamento, juros e investimentos. A ideia é levar a atividade para escolas do ensino médio e fundamental, aproximando estudantes e familiares interessados no assunto. De acordo com Patrícia Castilho, diretora de projetos do Clube, quando os pais participam da aprendizagem, contribuindo com informações sobre o orçamento familiar, “os alunos percebem ainda mais a importância de lidar de forma consciente com o dinheiro”.[/stextbox]


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