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publicado dia 29 de agosto de 2013

Educação Integral é debatida em São Paulo

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Braz Nogueira narra experiência de Heliópolis durante encontro sobre educação integral.

Envolvimento da comunidade, orçamento público, reorganização da escola. Esses e outros temas foram debatidos nesta quinta-feira (29/8), em São Paulo, em um evento organizado como parte da “Série de Diálogos – O Futuro se Aprende”, do Instituto Inspirare/Porvir. Reunindo cerca de 60 pessoas – entre gestores, diretores de escola e educadores -, o evento celebrou o lançamento do Centro de Referências em Educação Integral, uma plataforma com informações que visam apoiar o desenvolvimento e implementação de programas ligados à educação integral.

Conheça experiências de educação integral no Brasil e no mundo

Na parte da manhã, o público pode conhecer quatro experiências de educação integral que vêm sendo desenvolvidas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Bárbara Portilho falou sobre o papel dos gestores e coordenadores pedagógicos a partir do Ginásio Experimental Carioca (GEC) Rivadavia Corrêa; Ana Elisa Siqueira narrou a trajetória de dez anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima; Rosângela Alves, coordenadora do projeto piloto “Orientador Familiar” discutiu a importância das famílias na educação dos filhos; e Braz Nogueira, do Bairro Educador de Heliópolis, ressaltou a necessidade de processos de aprendizagem integrados à comunidade.

Os participantes também discutiram os papeis de diferentes atores envolvidos no processo da educação integral: famílias, gestores, comunidades, professores e alunos. Após o almoço, as atividades giraram em torno das políticas públicas e dos desafios na estruturação de programas Brasil afora.

Ana Emília Gonçalves de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apresentou os resultados do “Múltiplos Saberes”, o primeiro curso de extensão voltado para a formação de agentes que trabalham com educação integral. A secretária de educação de São Bernardo (SP) e presidenta da Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação), Cleuza Repulho, descreveu a criação e implementação do programa Tempo de Escola em sua cidade. Maria do Pilar Lacerda, da Fundação SM, ressaltou a necessidade de ampliação dos investimentos em educação. E Maria Antônia Goulart, da FLACSO, elencou as dificuldades encontradas na articulação intersetorial realizada em Nova Iguaçu (RJ), durante o “Escola Integrada”.

Centro de Referências

A plataforma lançada durante o evento é uma iniciativa de 15 organizações governamentais e não governamentais, entre elas, o MEC (Ministério da Educação) e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Os materiais divulgados no site têm como objetivo estruturar e qualificar as atividades de gestores e educadores engajados em transformar o processo de ensino-aprendizagem em suas escolas. O próximo passo da ferramenta é oferecer formações presenciais e a distância.

Maria do Pilar Lacerda

Fundação SM, ex-secretária da educação básica do Ministério da Educação.

“Temos que varrer pra debaixo do tapete a ideia de turno e contraturno”
“A educação integral é uma saída contemporânea. É a articulação da escola com o seu território”
“Essa geração precisa de experimentação e circulação na aprendizagem”

Ana Lucia Gomes
Secretaria de Educação da Bahia.

“A escola não está preparada para lidar com os novos arranjos familiares”

Maria Antônia Goulart
Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais

“Para lidar com a intersetorialidade, é preciso lidar com  os nichos de poder, com vaidades”
“Quando implantamos o Bairro-escola em Nova Iguaçu, apostamos na intersetorialidade, no estímulo ao conflito e na flexibilidade”

Cleuza Repulho
Secretária de Educação de São Bernardo do Campo (SP)

“Fazer educação integral é uma decisão política”
“Querer educação da Finlândia com orçamento do Sudão é uma conta que não fecha”

Leandro Fialho
Ministério da Educação

“A educação integral se concretiza quando a cidade vira uma grande sala de aula”
“A política de educação integral precisa avançar em cinco pontos: na discussão de currículos, infraestrutura, carreira de professores, formação, gestão e financiamento”

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