Do Centro de Referências em Educação Integral

Ao mesmo tempo que o dia do professor, comemorado hoje (15/10), foi marcado por homenagens pelas redes sociais, protestos foram convocados por todo o país, em apoio à profissionais da educação e pela melhoria das condições de trabalho dos docentes nas redes públicas. Hoje, pelo menos quatro estados seguem com professores paralisados.

Entre as homenagens, a presidenta Dilma Rousseff, publicou em sua conta no microblog Twitter, um agradecimento aos professores que teve ao longo da vida. ”Quero neste dia homenagear os meus professores do Colégio Estadual Central, de BH, que me abriram as portas para a literatura”, escreveu.

“Lá no Colégio Estadual Central fui apresentada ao Velho do Restelo, personagem de Camões, ícone do mau agouro. A vida me ensinou a enfrentar e superar os Velhos do Restelo, que sempre apostam no quanto pior melhor”, continuou, possivelmente rebatendo críticas ao governo.

E, indicando a necessidade de maior reconhecimento da classe docente, a presidenta defendeu que “educação de qualidade exige professores mais bem formados e melhor remunerados”.

Usando as hashtags #NemHerói #NemCulpado #ProfessorTemDeSerValorizado, a Rede Pela Valorização dos Docentes Latino-Americanos, publicou homenagem aos professsores, recordando a necessidade de melhores condições de trabalho para os profissionais.  ”[A rede] parabeniza a todos educadores e educadoras que lutam todos os dias, nas escolas ou nas ruas, por uma educação pública de qualidade e que reinventam cotidianamente a educação brasileira”, escreveram.

Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em artigo no Uol, seguem como fundamentais o reajuste e cumprimento do piso salarial dos professores. “Em lugar dos governadores se submeterem ao Palácio do Planalto, pedindo apoio à sua proposta, deveriam exigir que o Governo Federal cumprisse com o disposto no primeiro parágrafo do artigo 211 da Constituição Federal: cabe a União colaborar técnica e financeiramente com Estados, Distrito Federal e municípios para o alcance de um padrão mínimo de qualidade. Não há dúvida de que o piso do magistério compõe esse mínimo denominador comum, a qual nenhum educador deve receber menos”, escreveu.

Manifestações

Paralelamente, manifestantes em apoio à classe docente, convocaram atos por meio de redes sociais em pelo menos oito capitais brasileiras. Como tom geral das manifestações, os movimentos pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Acesse a agenda de protestos aqui.

No Mato Grosso, os docentes estão paralisados há mais de dois meses por reajuste salarial e melhorias na estrutura das escolas. No Pará, a greve já dura 15 dias, cobrando melhoria salarial e redução de carga horária.

Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, professores tanto da rede municipal, quanto estadual seguem parados há dois meses, cobrando, entre outros posicionamentos dos governos, reajuste salarial. Há mais de 20 dias, professores da rede municipal de Goiânia, ocupam a Câmara dos Vereadores da cidade, para impedir uma mudança no auxílio transporte oferecido aos educadores.

As informações são do Twitter oficial da Presidenta Dilma Rousseff, do Portal Terra , do Uol e do G1.