publicado dia 27 de novembro de 2013
Estudantes não se sentem seguros dentro e fora da escola, aponta estudo
por Pedro Nogueira
publicado dia 27 de novembro de 2013
por Pedro Nogueira
Onde estão as raízes da violência no ambiente escolar, mais especificamente, nas escolas públicas? Como lidar com esse fato? Para tentar localizar os problemas e pensar soluções, o Sindicato dos Professores de São Paulo (APEOESP) realizou, em conjunto com o Instituto Data Popular, a pesquisa “Percepção dos Professores, Alunos e Pais sobre a Violência nas escolas estaduais de São Paulo”, que será divulgada na íntegra nesta quinta-feira (28/11), em Serra Negra, durante congresso da entidade.
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Os resultados levantaram questões importantes sobre a origem da violência nas escolas estaduais de São Paulo como, por exemplo, o fato de que de cada dez pais de estudantes da escola pública, seis acham aceitável bater nos filhos. Proposta em 2010, a lei 7.672, conhecida como “lei da palmada”, dispositivo que proíbe castigos físicos e oferece tratamento psicológico para as vítimas, está emperrada há seis meses na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
A pesquisa apontou que os estudantes são os principais responsáveis e vítimas da violência, que não se dá apenas no âmbito escolar. A maioria das escolas pesquisadas não conta com rondas escolares no entorno das instituições de ensino, que são consideradas violentas por mais da metade dos pais e alunos. Em relação ao bairro, 69% dos docentes, 82% das famílias e 71% dos estudantes o consideram perigoso.
Dentro dos muros, 18% dos professores e 44% dos estudantes não se sentem seguros, mas poucos pais sabiam citar casos específicos de violência, o que denota, segundo a pesquisa, pouco envolvimento da família no cotidiano escolar. Quanto ao método empregado para a diminuição da incidência de conflitos, há divergências: entre professores, debates seriam uma boa medida. Para os pais, seria necessário mais policiamento. Já os jovens, demandam mais esporte e lazer.
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