publicado dia 17 de dezembro de 2013
Juliana Sada, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz
Como a comunicação pode ajudar na luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes? Como uma causa pode ter mais visibilidade e adeptos? De olho nessas questões que rodeiam o dia a dia dos agentes do sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes, foi criado o aplicativo para redes sociais “Guia de Comunicação para Garantia de Direitos”.
O instrumento da Cipó Comunicação Interativa, organização sediada na Bahia, foi lançado na última quinta-feira (12) durante o seminário Comunicação e Direitos Humanos e tem como público-alvo atores sociais e indivíduos que atuam junto à infância. “O aplicativo foi criado para ajudar os atores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente que querem fazer chegar uma pauta na mídia e não sabem como”, explica a educadora da área de Incidência Política da Cipó, Mônica Santana.
Disponível na página de Facebook do Portal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes da Bahia, o guia traz informações sobre o direito humano à comunicação, quem são os profissionais da área e por que e como comunicar, entre outras. Mônica afirma que o objetivo do aplicativo é dar “subsídios para os atores para que entendam que é trabalho do jornalista publicar assuntos de interesse público e que é importante que os assuntos de seus trabalhos cheguem à mídia”.
Na página do guia, a repercussão da temática na imprensa é apresentada como fundamental: “a garantia dos direitos das crianças e adolescentes depende de mudanças de mentalidade e do acesso a informações relevantes que só uma parceria com a mídia pode proporcionar”. Para auxiliar os atores do sistema de garantia a pautar a mídia, o aplicativo traz uma seção voltada à construção de um plano de comunicação, com a apresentação dos itens que devem ser delineados e uma explicação sobre suas funções. Ele ressalta ainda a importância da comunicação para que problemas e anseios de uma comunidade ou grupo sejam conhecidos e possam ser atendidos.
Além das seções voltadas para questões mais práticas, o “Guia de Comunicação para Garantia de Direitos” aborda a comunicação como um direito de todas as pessoas. No projeto, o direito à comunicação é entendido tanto como a garantia de acesso ao mundo das informações quanto à produção de conteúdo. Este direito ainda é considerado fundamental para a efetivação de outros direitos: “se não tenho acesso à informação, não posso viver plenamente minha cidadania”, exemplifica a página.