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publicado dia 15 de janeiro de 2014

Prédio em Paraisópolis abrigará cultura, esporte e zonas verdes

Prédio em Paraisópolis será um centro de cultura, esporte e sociabilidade Crédito: divulgação

A partir de março, os mais de 100 mil moradores de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, terão de se acostumar com as obras de um grande prédio que será construído no coração da comunidade, em um terreno conhecido por ser uma área de risco e palco de deslizamentos.

Vencedor de dois prêmios da Fundação Holcim – organização internacional que promove construções sustentáveis –, o “Grotão: Fábrica da Música” levará cultura, esporte e zonas verdes para a região.

O projeto original foi criado por um grupo de alunos da Universidade de Columbia (Nova York) que, em visita ao Brasil, conheceram Paraisópolis e resolveram contribuir com ideias para estimular o desenvolvimento local.

Intervenções artísticas

O arquiteto Wagner Rebehy, diretor da Urban Think Tank no Brasil e responsável pela construção do Grotão, lembra que, por ser estritamente acadêmico, o projeto era mais ligado à sustentabilidade e ao meio ambiente. “Porém, quando a Prefeitura da cidade informou que seria viável construí-lo, ele se destacou por conter uma série de intervenções através de um único projeto”, revela Rebehy.

Assim, o Grotão – previsto para ficar pronto em cerca de dois anos – sediará as escolas de música e de balé da comunidade. Também haverá um terraço, hortas comunitárias, anfiteatro e uma praça com arquibancada natural devido à tipografia do terreno. “Podemos dizer que o projeto já tem vida própria antes de estrar pronto, pois as escolas de música e balé já fazem apresentações e são elogiadas por especialistas”, conta. “O Grotão vai disponibilizar infraestrutura e espaço físico para esses alunos se aperfeiçoarem ainda mais.”

Espaço de convivência

Além disso, o Grotão se tornará um dos poucos espaços de convivência para os moradores da região. Segundo Rebehy, o objetivo do projeto é ocupar uma área de risco que sempre teve problemas com projetos que tenham utilidade para todos. “Os únicos espaços abertos que vemos nessas comunidades vulneráveis são os campos de futebol, que de certa forma são espaços sagrados para essas pessoas. Fora isso, é tudo ocupado, metro a metro. Há uma carência enorme de espaço público, de espaço verde, de áreas para se reunir”, afirma o arquiteto.

Para Gilson Rodrigues, presidente da Associação dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP), a construção do Grotão cria uma série de oportunidades educacionais, sociais e culturais para a comunidade. “Por muito tempo fomos privados do acesso a esses serviços. Agora, com a construção desse equipamento, poderemos ter acesso a oportunidades como qualquer outro morador da cidade”, comemora Rodrigues.

Rebehy garante que a participação dos moradores de Paraisópolis, por meio da UMCP, foi determinante para o desenvolvimento do projeto. “Boa parte do sucesso do Grotão é devido às intervenções que a Associação propõe. Eles são engajados, bem organizados e contam com uma representatividade muito grande na comunidade”, explica.

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