publicado dia 20 de janeiro de 2014
Mundial da Educação faz primeiro encontro com parceiros e secretarias
por Clipping
publicado dia 20 de janeiro de 2014
por Clipping
por Ana Luisa Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral
“Queremos aproveitar esse momento de coesão, de entusiasmo que o Mundial de Futebol gera para deixar um legado que vá para além dos estádios.” A fala de Anna Penido, diretora-executiva do Instituto Inspirare, deu o tom do que seria o primeiro encontro do Mundial da Educação, realizado na sexta-feira, 17 de janeiro, em São Paulo.
O momento foi dedicado à apresentação da iniciativa pelo Instituto e seus parceiros – Centro de Referências em Educação Integral, Catraca Livre, Imagina na Copa e Todos pela Educação – aos secretários de educação e representantes das secretarias de nove das 12 cidades-sede do Mundial, que também tiveram espaço para falar dos projetos de cada município diante da proximidade do evento.
O Mundial da Educação quer ampliar o processo de ensino e aprendizagem para além da escola, promovendo a utilização dos potenciais educativos que as cidades já abrigam. Para viabilizar tal estrutura, os realizadores do Mundial da Educação, com apoio das escolas e secretarias, se dividiram em quatro frentes de atuação:
#1 Mapeamento: além de realizarem seus próprios mapeamentos territoriais, as escolas poderão ter acesso a mapas já existentes e às informações colhidas pelas equipes do portal Catraca Livre em cada uma das cidades;
#2 Mobilização: em cada cidade-sede será disponibilizada uma equipe de embaixadores que serão representantes do Mundial da Educação nesses locais e vão ajudar no engajamento das escolas; esse trabalho será acompanhado pelo Imagina na Copa, que oferecerá formação aos envolvidos.
#3 Orientação: ficarão disponíveis para consulta no portal Centro de Referências em Educação Integral materiais de apoio com dicas e metodologias que podem apoiar o desenvolvimento dos processos.
#4 Articulação: a equipe do Todos pela Educação cuidará das articulações políticas necessárias para a realização da iniciativa. O hotsite do Mundial está hospedado no Catraca Livre, que também abriga o mapa colaborativo, favorecendo a troca de experiências educativas entre várias instituições. A plataforma de mapeamento online foi possível graças à parceria com a empresa Imagem.
Para o gestor de educação da companhia, o desafio foi pensar como transferir uma experiência informacional para um mapa vivo. A participação também poderá ser feita pelos celulares, graças à contribuição da Fábrica de Aplicativos, que estimula a criação de aplicativos gratuitamente pelo celular.
Para os parceiros e idealizadores, a iniciativa é uma resposta à demanda atual de que se ampliem novos tempos, espaços e agentes de aprendizagem. “Por isso, a ideia principal é o diálogo com o ativo da cidade e suas possibilidades educativas”, reforçou Anna Penido.
Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação, o projeto dialoga com as cinco atitudes da instituição, e que devem ser propositoras de ações a partir de abril desse ano: 1)Valorizar o professor, a aprendizagem e o conhecimento; 2)Promover habilidades importantes para a vida e para a escola; 3) Colocar a educação escolar no dia a dia; 4) Apoiar projeto de vida e protagonismo dos alunos; 5) Ampliar o universo cultural e esportivo de crianças e jovens.
Longe de querer trazer mais uma trabalhosa demanda às escolas, Gilberto Dimenstein, jornalista e idealizador do Catraca Livre, defende que o Mundial da Educação possibilitará a utilização de recursos já existentes e convida as pessoas a ousarem em sua práticas educacionais.
De olho no Mundial
O Mundial de Futebol também está sendo visto como uma possibilidade de intercâmbio cultural pelos municípios que o sediarão e, nesse sentido, alguns projetos e iniciativas ganham fôlego entre as redes municipais. Em Porto Alegre, o lema é “conhecer bem para receber melhor”.
A secretária de educação do município, Cleci Maria Jurach, apresentou a Gincana Colaborativa que prevê pesquisa prévia dos alunos sobre os países que virão para a cidade durante o evento. Outra experiência nesse sentido é vivenciada pelos alunos da rede municipal de Curitiba.
A partir de uma parceria com a cidade de New Castle, na Inglaterra, iniciou-se um projeto que faz uso das webconferências para que os estudantes possam trocar sobre hábitos alimentares, de leitura etc. Em São Paulo, o Mundial de Futebol inspirou a criação do projeto “O que rola além da bola?”.
Para mobilizar as comunidades escolares para o tema, e também as famílias, a ideia de convidar crianças, jovens e adultos a criarem produções gráficas sobre a temática. As produções viraram capa dos cadernos da rede. Para o secretário de educação de São Paulo, César Callegari, a iniciativa contribuiu para a concepção do coletivo e da autoria por parte dos alunos.
No Rio de Janeiro, o esporte junto à educação está sendo pensado para além dos eventos que a cidade vai receber, Jogos Olímpicos e Mundial de Futebol. O projeto “O Rio que vai longe” pretende levar os jogos para dentro das escolas. Para apoiar as escolas nesse processo, a iniciativa faz uso de metodologia que forma multiplicadores, estabelece um plano de ação e oferece material aos educadores em uma plataforma virtual, a Educopedia.
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