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publicado dia 22 de janeiro de 2014

Prestes a completar 460 anos, São Paulo é reprovada por seus moradores em pesquisa

No próximo dia 25/1, o município de São Paulo completará 460 anos desde sua fundação. Entretanto, os mais de quatro séculos de história não fazem com que a maioria dos cidadãos paulistanos queira viver na cidade: 55% deles gostariam de deixar a metrópole e morar em outro lugar.

Esse é um dos resultados da 5ª edição da pesquisa IRBEM – Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município – realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope, e lançada nesta terça-feira (21/1) em evento no SESC Consolação.

A pesquisa entrevistou 1.512 paulistanos no último mês de dezembro e coletou – sempre sob a perspectiva da qualidade de vida – percepções da população acerca de temas objetivos, como educação, saúde, mobilidade e habitação, e também subjetivos, como sexualidade, espiritualidade e lazer.

Avaliação

A 5ª edição do IRBEM foi separada em 25 áreas e, no total, 169 aspectos foram avaliados pelos entrevistados, que distribuíam notas de 1 a 10 para cada item. Acima da média de 5,5 estiveram apenas quatro áreas: Relações Humanas, Trabalho, Tecnologia da Informação e Religião e Espititualidade. “São atividades que fazem parte do cotidiano das pessoas e não têm um papel direto do Estado em sua execução”, afirmou Mauricio Broinizi, coordenador da Secretaria Executiva do Movimento Nossa São Paulo.

Já os cinco itens com pior avaliação – todas abaixo da nota 4 – se referem à Mobilidade Urbana, Segurança, Acessibilidade para Pessoas com Deficiência, Desigualdade Social e Transparência e Participação Política.

A mobilidade urbana está entre os piores itens avaliados pela pesquisa.

Educação

A Educação obteve o pior desempenho de todas as cinco edições da pesquisa e recebeu a avaliação de 4,5 dos cidadãos paulistanos – nas primeiras edições a média se manteve em 5. A pesquisa mostra também que, em São Paulo, está havendo uma queda drástica na utilização dos serviços públicos de educação: se no ano passado a média de uso desses equipamentos era de 52%, o IRBEM de 2014 revela que esse número caiu para 41% dos paulistanos.

Entre os itens com maior registro de queda na avaliação estão a participação e envolvimento das famílias na educação dos filhos (de 5 para 4,6); a formação e condições de trabalho e estudo dos professores (de 4,9 para 4,5) e o respeito, reconhecimento e valorização dos mesmos (de 4,5 para 4,2); e a promoção da cidadania e da democracia na educação (de 4,8 para 4,4).

[stextbox id=”custom” caption=”Direitos Humanos” float=”true” align=”right” width=”250″]Em toda a pesquisa, um dos itens com maior queda de nota foi o de “Respeito aos Direitos Humanos” (de 6,6 para 5,3). “Isso é reflexo da repressão policial, amplamente divulgada durante as manifestações pela revogação do aumento do transporte público, em junho”, acredita Grajew.[/stextbox]

Equipamentos culturais

Também foi apresentada a pesquisa “Quadro da desigualdade em São Paulo”, que contabilizou a quantidade de equipamentos culturais espalhados pela capital paulista. O resultado, contudo, também não foi satisfatório: há na cidade 44 distritos sem bibliotecas públicas municipais; 60 distritos sem centros culturais; 59 sem cinema; 60 sem museus; 38 sem parques e 53 sem teatros. “A nossa meta deve ser zerar os zeros. Não devemos ter zero equipamentos culturais em nenhum distrito da cidade”, afirma Oded Grajew, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo.

Por fim, foi revelada uma nova metodologia que alia todos os resultados da pesquisa com os temas considerados pelos entrevistados como vitais para uma maior qualidade de vida na cidade: saúde, educação, trabalho, habitação e segurança. O novo cálculo revelou que o índice de Bem-Estar na cidade de São Paulo é de 4,8 de um total de dez.

Clique aqui para acessar a pesquisa IRBEM na íntegra.

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