A partir de março deste ano, seis representantes indígenas, seis membros de instituições universitários e quatro do Ministério da Educação (MEC) começarão a discutir a criação de uma instituição pública de ensino superior indígena. O grupo de trabalho foi criado com a Portaria nº 52, de 24 de janeiro de 2014.

Segundo Macaé Evaristo, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, o grupo de trabalho tratará de procurar a melhor forma de trabalhar os saberes indígenas. “O grupo não vai pensar em uma universidade, mas como construir no país, dentro das universidades públicas, uma rede que dê conta de tratar das questões indígenas nas diferentes áreas”, afirmou a secretária.

Com cerca 900.000 pessoas declaradas indígenas, de 305 etnias e com 274 línguas faladas, segundo o Censo de 2010, a universidade deve avançar para além da formação de professores indígenas, tarefa já executada por 20 universidade públicas. Estão sendo planejados cursos de Saúde, Gestão Territorial, Direito etc. Macaé afirma que com o surgimento de territórios etnoeducacionais, diversos povos tem reivindicado formação para coordenar essas áreas.

Em março, se definirá uma agenda com encontros com pesquisadores, antropólogos e lideranças. Além disso, será sugerida a realização de um seminário internacional com países mais avançados na temática, como a Bolívia, com cinco universidade do gênero, Nicarágua, México e EUA.

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