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publicado dia 30 de janeiro de 2014

Países não alcançarão metas de educação para 2015, afirma Unesco

Da Agência Brasil

Apresentado hoje (29/1), o 11º Relatório de Monitoramento Global de Educação Para Todos, realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), revela que nos últimos anos as nações progrediram na busca de uma educação de qualidade para todos, mas ainda estão longe das metas estipuladas pelo Educação para Todos, um conjunto de seis metas firmadas em 2000, no Acordo de Dakar (Senegal).

O compromisso, válido até 2015, previa que as nações deveriam avançar nos cuidados da primeira infância, universalizar o ensino primário, reduzir o analfabetismo pela metade, diminuir disparidades de gênero na aprendizagem assim como melhorar índices de competência de aprendizagem e qualidade.

O pior resultado, tanto global, quanto no Brasil, se deu na alfabetização de adultos. Apenas 29% dos países conseguiram alcançar a meta, apesar de haver um crescimento de 1% na taxa de pessoas com mais de 15 anos alfabetizadas. Paridade de gênero na educação foi alcançada por 70% dos países.

Após 2015, uma nova agenda deve ser formulada, assim como novas metas, levando em contas alguns pontos chaves elaborados pela Unesco: a crise global de aprendizagem afeta com mais força os desfavorecidos, educação de boa qualidade só é possível com professores de boa qualidade, deve haver um monitoramento do progresso dos excluídos e metas específicas para o financiamento devem ser definidas.

Financiamento e aprendizado

Na questão do financiamento os gastos públicos com educação ficaram abaixo do necessário (6% do PIB), apesar de terem aumentado desde entre 1999 e 2011. O Brasil, atualmente, segundo o relatório, investe 5,9%.

“Esse é um ponto, precisamos ter mais recursos, o outro é que precisamos ter uma boa gestão desses recursos, eles precisam ser geridos com prioridade. É importante que sejam canalizados para a educação básica, que precisa ser melhorada em vários países”,afirmou Maria Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil.

Mas há também, aponta a Unesco, um gasto de ter crianças e jovens fora da escola. As 250 milhões de crianças que não aprendem o básico custam US$ 129 bilhões para seus países, o que sugere a educação como um motor para o desenvolvimento.

Nos países em desenvolvimento, 69 milhões de adolescentes e 57 milhões de crianças não estavam na escola em 2011 e muito dos que frequentam não tem o aprendizado necessário, o que significa que milhões não aprendem o básico de leitura e matemática.

Uma das saídas para resolver o problema passaria pela contratação de 1,6 milhões professores até 2015, aliada com a universalização da educação primária e capacitação de docentes.

Paridade de gênero

O relatório da Unesco ainda apontou que as meninas representam 54% da população mundial fora da escola. Segundo análises, a queda no número de matrículas de meninas nas escolas é maior nos países de baixa renda. Nos países de renda média e alta, é mais comum haver equilíbrio entre os dois sexos.

Os estados árabes representam o caso mais alarmante: 60% das meninas estão fora da escola e o cenário se sustenta desde 2000. O dado reforça a necessidade de eliminar as disparidades na educação, uma das metas contempladas no Acordo de Dacar.

Segundo o relatório, além de garantir a presença das meninas na escola, é necessário que elas tenham igualdade no processo de aprendizagem. O texto ainda aponta que, se todas as mulheres completassem a educação primária, a mortalidade materna seria 66% menor.

Confira a íntegra do relatório por aqui.

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