publicado dia 7 de fevereiro de 2014
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão em atividades urbanas superou pela primeira vez – desde que dados sobre libertações começaram a ser compilados – a quantidade de casos ocorridos no campo.
Segundo a CPT, 53% das pessoas libertadas em 2013 trabalhavam nas cidades, enquanto em 2012 esse percentual foi de 29%. A construção civil foi o maior responsável pelo aumento: foram 866 libertados, ou 40% do total. Em segundo lugar ficou a pecuária, com 264, ou 12%.
A pecuária, no entanto, lidera o “ranking” se forem contabilizados todos os casos desde 2003, com 27% das ocorrências. Do total das libertações, 24% aconteceram no estado de São Paulo.
O levantamento da CPT é baseado nos dados da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego (Detrae/TEM), atualizados até o dia 28/1/2014.
2013
Em 2013, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pará foram as regiões com o maior número de trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão. No estado paulista, houve aumento de 125% nos casos de libertação (538), enquanto em Minas Gerais o aumento foi de 26% (440).
Em todo o Brasil, 2.192 pessoas foram libertadas em 2013, uma redução de 19,7% em relação aos 2.730 de 2012. Segundo os dados da CPT, desde 2003 foram libertados 42.664 trabalhadores.