publicado dia 14 de fevereiro de 2014
Polícia agride estudantes e apreende 9 após protestos em escola no interior de SP
por Redação
publicado dia 14 de fevereiro de 2014
por Redação
Com informações do jornal “A Cidade”
Em São Simão, no interior do estado de São Paulo, a Polícia Militar e a Guarda Civil foram chamadas pela direção da escola estadual Capitão Vírgilio Garcia para conter um protesto de estudantes nesta quinta-feira (13/2) e teve como resultado agressões, humilhações e nove apreensões de adolescentes entre 12 e 17 anos.
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Na tarde anterior, um aluno teria tido seu cartão de memória do celular furtado. Irritado, ameaçou colegas e docentes com pedaços de madeira e a PM foi chamado para contê-lo. Apesar de a diretora regional de ensino Simone Locca afirmar que tudo aconteceu dentro dos limites da lei, colegas relatam que o jovem foi espancado “até desmaiar” e levado algemado pelas mãos e pés.
Os eventos da quarta-feira motivaram o cancelamento das aulas na quinta-feira. Os colegas do estudante agredido, cuja família preferiu não dar declarações mas afirmou que irá entrar com um processo civil contra o estado, foram o estopim para o protesto de cerca de 30 estudantes na quinta-feira. A direção do colégio e a polícia acusam os jovens de terem detonado bombas, queimado cortinas e destruído vidraças.
Ocorrido
A reportagem do jornal “A Cidade” relatou que estudantes se aglomeravam na porta da escola e a ação violenta partiu da PM, que agarrou um menino de 12 anos pelo braço e jogou spray de pimenta nos demais. Em seguida, a viatura deixou o local sob vaias e vidraças foram quebradas.
Após as cenas de depredação, a polícia voltou e dois membros da Rocam imobilizaram, algemaram e fizeram ajoelhar um adolescente. Com a chegada de mais duas viaturas, policias agrediram com puxões de cabelo, apertos no pescoço e torcida de braço três meninas. A reportagem do “A Cidade” relata que foi intimidada ao realizar a cobertura da confusão. Uma tenente impediu o acesso de jornalista aos jovens e uma viatura seguiu o veículo do jornal pelas ruas da cidade.
Assédio e insultos
Para além da prisão do colega, a reportagem do jornal A Cidade relata que os estudantes também protestavam contra “essa escola ruim”. Eles apontam que são chamados de “desgraça, marginais, favelados” por professores, monitores e diretores da escola, que dizem que a escola virou uma Febem. Meninas afirmaram também que são assediadas por um monitor e um professor.
A diretora Simone Locca afirma não ter tido conhecimento dos fatos e que tudo será apurado.
“Índole violenta”
“Essas crianças tem índole violenta. É preciso cuidado”, afirmou o capitão Maurício Tavares, da PM ao jornal A Cidade. A reportagem aponta que, para ele, a atuação foi normal. Quanto às cenas de violência protagonizadas pelos agentes do estado, a matéria narra o depoimento do capitão afirmando “não poder comentar porque não estava lá”.
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