O projeto MULTITUDE está com uma plataforma de mapeamento colaborativo que pretende fazer a cartografia dos espaços comuns, autônomos e coletivos de São Paulo, a partir de uma série de oficinas que serão realizadas no SESC Pompeia entre os dias 22 e 27 de abril. O projeto faz parte da plataforma Mapping the Commons,

Segundo a descrição do MULTITUDE, os espaços comuns são os “ambientes de recursos compartilhados que são gerados pela participação de muitos e que constituem o tecido produtivo essencial da metrópole contemporânea”. Assim, o projeto busca encontrar “propriedades coletivas”, e não apenas catalogar os espaços públicos e privados.

A iniciativa vê na história brasileira um terreno fértil para este tipo de experimento, traçando sua origem às tradições ibéricas, com suas propriedades comunais, com a cultura afro e seus quilombos e com os povos indígenas e suas malokas (casas coletivas das aldeias).

O projeto, que já passou por Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Atenas (Grécia) e Istambul (Turquia), vê o mapeamento de São Paulo como um desafio, ao observar a capital paulista com um espaço público castigado e restrito.

No entanto, os integrantes do MULTITUDE vêem nas transformações que aconteceram nos últimos anos em São Paulo – hortas comunitárias, parques autogestionados, produção cultural coletiva, saraus e ocupações urbanas – uma rebeldia necessária para criar o novo tecido da cidade.

Após o mapeamento e a realização das oficinas, os participantes construirão uma instalação que dê conta do acúmulo do processo, programada para maio.

Para participar e se inscrever, acesse a página do SESC.