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publicado dia 31 de julho de 2014

“Quando sinto que já sei” relata experiências alternativas de educação no Brasil

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Autonomia de aprendizagem, liberdade para escolhas e integração com a comunidade são alguns dos conceitos que guiam as experiências educacionais reunidas no documentário Quando sinto que já sei, lançado nesta terça-feira (29/7) no Cine Livraria Cultura, em São Paulo.

O filme, resultado de um projeto de mais de três anos dos diretores Antonio Lovato, Raul Perez e Anderson Lima, narra a história de diversos personagens – entre educadores, estudantes, pais e gestores – de projetos como o Âncora, em Cotia (SP), e o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), em Curvelo (MG). Em comum, a vontade de romper com o modelo tradicional de escola.

Segundo os autores, a intenção da obra é acender uma discussão sobre o atual momento da educação brasileira. “Queremos espalhar esse debate acerca da transformação na educação”, aponta Lovato, ao citar que o filme está disponível na íntegra no YouTube.

Para Suzana Ribeiro, coordenadora do Projeto Âncora, o documentário é uma oportunidade de reunir várias iniciativas que, mesmo não sendo semelhantes em conteúdo, estão à procura de um mesmo caminho. “É nessa busca que você vai aprendendo”, observa Suzana. “Essas experiências são formas de se fazer educação não do jeito convencional a que estamos acostumados, em uma sala com lousa, giz, carteiras enfileiradas e alunos olhando para a nuca do colega.”

“Quando sinto que já sei” contou com um financiamento colaborativo via Catarse e arrecadou quase R$ 50 mil.

Entre os entrevistados do filme está José Pacheco, criador da Escola da Ponte, Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Amorim Lima, e o neurocientista Miguel Nicolelis. Um dos projetos relatados é o Araribá, de Ubatuba (SP). “Fazemos uma revolução silenciosa, e acreditamos que a escola deve ser diferente e pode ser transformadora”, afirma Néia Correia, coordenadora do projeto. “O que buscamos é um espaço de felicidade para as nossas crianças, e não só de aprendizagem. Para isso, o diálogo é fundamental.”

Educador e idealizador do CPCD, Tião Rocha acredita que o documentário deve servir como uma provocação aos que não conhecem outras maneiras de educação que não a tradicional. “O filme tem discursos estimulantes para pensarmos onde estamos, para onde vamos e que lugar ocupamos”, analisa, referindo-se aos projetos que propõem uma educação inovadora. “Há mais do que esperança: há caminhos e construções legítimas que estão cada vez mais apropriadas por quem as realiza e delas participa”.

Lançamento

Até o fim de agosto, Quando sinto que já sei terá mais de 130 sessões, incluindo exibições na Argentina e em Israel (veja aqui a programação completa). Tião Rocha faz um apelo: Que esse filme possa ser visto em todo o país, tanto em escolas como também pela polícia, pelas comunidades, em todos os cantos. É um belo material.”

Segundo Lovato, existe a intenção de realizar debates sobre o documentário em escolas, e os diretores estão organizando uma excursão para cidades do interior do Rio Grande do Sul para discuti-lo com a rede pública.

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