Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Twitter Perfil no Youtube

publicado dia 26 de setembro de 2014

Bairro Educador de Heliópolis pensa sobre desafios de se construir um Bairro Educador; confira cobertura

por

Especial produzido em colaboração com o Centro de Referências em Educação Integral e Promenino

O que uma pessoa precisa para se desenvolver adequada e integralmente? Leituras, esportes, brincadeiras, atividades culturais, convivência com a diversidade, jogos, desafios, seminários, debates sobre política e cidadania, informática… Para cada indivíduo há uma diferente combinação destes e outros inúmeros elementos – de acordo com as suas necessidades e interesses. Olhar e trabalhar toda esta complexidade é um dos desafios e dos objetivos da educação integral.

A escola costuma ser a resposta mais recorrente quando o assunto é educação e desenvolvimento. Ainda que a instituição seja central neste processo, ela sozinha não consegue dar conta do desenvolvimento integral dos indivíduos. Centros culturais, bibliotecas, associações de moradores, praças, empresas são exemplos de diferentes espaços, instituições e atores que podem se articular parar contribuir com a tarefa.

Buscando entender como os diferentes atores podem se conectar e buscando fortalecer a construção de um território com oportunidades educativas que possibilite o desenvolvimento integral, acontece nesta semana o IV Seminário Bairro Educador Heliópolis, na cidade de São Paulo, que se encerra no sábado (27/9). Entre os temas debatidos estiveram presentes a formação de professores para crianças, políticas públicas para juventude, direito à cidade, mobilização comunitária, direitos humanos e rede de proteção social, educação integral e tecnologia e comunicação na construção de um bairro educador.

Educação integral e o território

Para a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Helena Singer, a diversidade educativa é uma das características da educação integral. Ainda que alguns bairros possam parecer carecer destas possibilidades, muitas vezes elas somente precisam ser reveladas. “No Jardim Ângela, abriu-se espaço dentro da associação de moradores para que acontecessem oficinas, conseguiu-se criar um espaço cultural dentro de uma escola estadual e os próprios jovens começaram a desenvolver atividades como roda de leitura e cinema”, relata Helena.

Outro exemplo, vindo da Vila Madalena, mostra que a revitalização de praças e becos é um momento de articulação comunitária e propicia o uso do espaços para oficinas de skate ou grafite e a realização de festas. O bairro, onde está localizada a Associação Cidade Escola Aprendiz, conta ainda com um restaurante que abriu suas portas para que adolescentes ensinassem informática aos idosos. A ex-secretária de educação da cidade de São Paulo, Cida Perez, argumenta que “para educação integral não é necessário ter grandes equipamentos [como os CEUs da cidade], é preciso aproveitar os espaços que existem”.

Polo Cultural e de Educação de Heliópolis.

Assim, o desafio da educação integral é também de articular e potencializar as possibilidades que existem. “A questão é como a gente integra vários atores em torno daquela pessoa para possibilitar seu desenvolvimento integral”, problematiza Helena. Esta articulação demanda um processo de reflexão e debate. “Quando falamos em educação integral e desenvolvimento local, estamos revendo o papel de todas as organizações do território; todos teremos que nos reinventar.”

 

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

Portal Aprendiz agora é Educação & Território.

×