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publicado dia 5 de fevereiro de 2015

Conte uma história vivida no espaço público e ajude o Mapas Afetivos a ganhar o mundo

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Você já encontrou algum lugar especial caminhando pelo centro de São Paulo? Algo que remetesse à sua infância no Sesc Pompéia? Nunca reconheceu uma pessoa adorada caminhando pelas largas calçadas da avenida Paulista, ou se surpreendeu com o poder da poesia no Sarau da Cooperifa?

Reunir as histórias inusitadas e românticas, delicadas e surpreendentes que cada cidadão paulistano tem para contar – desde que tenham sido vividas no espaço público da cidade, e não em lugares fechados. Essa é a intenção da plataforma Mapas Afetivos, que funciona desde outubro de 2014 e, recentemente, inaugurou um espaço para colaborações.

Plataforma quer estreitar a relação entre as pessoas e o lugar em que vivem.
Plataforma quer estreitar a relação entre as pessoas e o lugar em que vivem.

Funciona assim: você grava um vídeo ou tira uma foto e escreve sobre o lugar paulistano que marcou sua vida e posta na rede social Instagram com a hashtag #mapasafetivos e sua contribuição será aceita – inclusive, a localização será “pinada” no mapa. “Nossa ideia é constituir um espaço para as pessoas abrirem seus corações para lugares não tão óbvios da cidade”, afirma Felipe Lavignatti, um dos criadores do projeto ao lado de André Deak.

Felipe acredita que a plataforma mostra a pluralidade de São Paulo. “Estrangeiros há pouco tempo na cidade, mulheres, casais, pais e filhos, idosos e jovens, famosos e anônimos, todo mundo quer contar histórias”, aponta.

Ele cita a história de uma pessoa que marcou como ponto afetivo a avenida Doutor Arnaldo, na região oeste, e justificou dizendo que a via, por contar com dois cemitérios, está sempre florida. “Isso me chama atenção pois desmistifica algumas imagens negativas da cidade. A poesia e a beleza podem estar em cada esquina.”

Quem não tem um canto favorito na cidade e uma história para contar sobre ele?
Quem não tem um canto favorito na cidade e uma história para contar sobre ele?

À frente do Liquid Media Lab, a dupla de produtores multimídia Felipe e André sempre teve o costume de trabalhar com mapas digitais. O primeiro projeto deles, de 2011, é o Arte Fora do Museu, que mapeia obras de grafite, mural, arquitetura e escultura espalhadas pela cidade. O projeto também é global e valoriza o espaço público.

Declaração de amor

Antes de possuir um espaço colaborativo, a plataforma gravou depoimentos de nove pessoas e um casal e esculpiu suas histórias na cidade. A cantora Tulipa Ruiz e seu pai, Luiz Chagas, ex-guitarrista da banda Isca de Polícia, gravaram suas memórias, assim como o arquiteto Baixo Ribeiro, fundador da Galeria Choque Cultural. Mas a maior parte das histórias são de pessoas desconhecidas do grande público.

“Nossa ideia era fazer uma declaração de amor por São Paulo, cidade que sempre foi meio maltratada. Tentamos cavar essa beleza através de quem ama e vive aqui”, diz Felipe. “A avenida Paulista tem um significado pra você e outro pra mim. Essa pluralidade de significados que faz a cidade ser cidade.”

Agora, a nova seção colaborativa permite extrapolar as fronteiras de São Paulo: capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e até mesmo Buenos Aires já foram “pinadas”, assim como Ribeirão Preto, Maringá, Uberlândia e Juazeiro do Norte. “No fundo, o projeto é global, pois reunimos o tipo de história que acontece em qualquer lugar, em qualquer cidade”, conclui Felipe.

 

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