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publicado dia 25 de maio de 2015

“Desce pro Play” reúne crianças e comunidade para pensar educação na Vila Calu

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Estampam agora os muros da EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Chácara Sonho Azul, na Vila Calu, na zona sul de São Paulo, os desenhos de seus alunos. Eles foram transformados em chapas de stencil e, neste sábado, com auxílio de grafiteiros, ajudaram a colorir a comunidade.

A ação de grafite e transformação da paisagem da EMEI fez parte do evento “Desce pro play” e “RevitaVila – Cor na Quebrada”, que convidou a comunidade, as famílias e os jovens da região para pensar e agir sobre o espaço urbano e reivindicar o direito ao lazer no Fundão do Jardim Angela, extremo sul da capital paulista.

Durante o dia, houve uma formação sobre o direito ao brincar para professores, uma roda de discussão sobre o direito à educação e ao lazer, além de música e construção de uma horta comunitária. Ao longo de todas as atividades, a escola esteve aberta e recebeu famílias e crianças para brincadeiras, rodas e jogos.

Para Antonio Norberto Martins, diretor da EMEI, a realização do evento é uma continuidade do Projeto Político Pedagógico da Chácara Sonho Azul. “Nosso projeto prioriza aliar as linguagens artísticas e educacionais com a participação comunitária. Um dos símbolos desse dia é essa vizinha de frente, que aproveitou para pedir que seus muros também sejam transformados. Essa é a ideia: que a cor contamine toda a comunidade”, afirmou, apontando para o outro lado da rua.

Filho pródigo

Andando de um lado para o outro e organizando as atividades do SP Clan, coletivo de hip hop que atua em parceria com escolas, Luan Sousa, 21 anos, voltava nesse momento à escola de onde saiu. Ele estudou na EMEI quando tinha cinco anos e se mostrava feliz de contribuir com o momento.

“É uma oportunidade pra gente mostrar que o hip hop também é educação e cultura, que fala de protesto contra o que tá errado, que motiva a expressão do jovem. É muito louco olhar essas crianças, como eu um dia fui aluno, e imaginar elas voltando”, projeta Luan.

Gisleine de Oliveira, funcionária da escola e mãe de dois alunos – um já formado -, também esteve presente participando das diferentes atividades do dia. Para ela, é fundamental que a família esteja envolvida na rotina escolar e educacional dos filhos, lutando por melhorias. “Eu gosto mesmo de participar. Tem que ter uma ligação entre o que acontece aqui e o que se passa em casa.”

Ela também esteve presente na discussão realizada com pais e funcionários sobre os problemas e soluções para a região. Facilitado pelo Coletivo Dedo Verde e pela Associação Cidade Escola Aprendiz, o debate partiu de um mapeamento comunitário para traçar mudanças e avanços no bairro.

“Por que não podemos pensar num Sesc Fundão? Só no centro que tem oferta de cultura? Aqui tem muita coisa, muita gente, muito potencial”, provocou uma das participantes da oficina, dividida em eixos temáticos, como saúde, educação, segurança e articulação comunitária.

Das preocupações, a população reclama da falta de equipamentos públicos, deteriorização de praças e de problemas com drogas e violência. A falta de participação da juventude e da comunidade nos processos decisórios também surgiu como incômodo. Para começar a modificar essa realidade, os participantes pretendem aplicar uma pesquisa e agendar uma conversa com a juventude. A necessidade de articular as associações presentes no território foi apontada como uma boa estratégia para enfrentar os desafios urbanos na região.

Confira abaixo algumas fotos do dia de mobilização e cultura:

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