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publicado dia 8 de junho de 2015

Conheça cinco escolas que dialogam com a cidade através de seus projetos arquitetônicos

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Uma verdade que vale tanto para o professor como para o estudante, o gestor ou o funcionário: estar à vontade na sala de aula e se sentir confortável dentro da escola é essencial para o desenvolvimento da educação. Se muitas instituições de ensino já repensam os projetos arquitetônicos de acordo com a vontade de seus protagonistas, também existem escolas que buscam uma arquitetura mais harmonizada com a comunidade ao redor, dialogando com a cidade e, fundamentalmente, expandindo os espaços de aprendizagem para além de seus espaços tradicionais.

Em entrevista ao Portal Aprendiz em julho de 2014, o arquiteto uruguaio Pedro Barrán defendeu a possibilidade de a arquitetura tornar a educação mais flexível. “Que você possa armar distintos grupos de trabalho em um mesmo espaço, que a professora possa atender aos alunos que realmente não entendem as matérias e que têm grandes dificuldades, onde haja um espaço para essa atenção mais pessoal.”

Barrán também defende o uso da cidade como espaço de aprendizagem. “É muito importante que os alunos sigam aprendendo nos ambientes externos da escola. Que façam passeios pela cidade, no zoológico, no museu, a uma granja, a um estádio. Isso encanta as crianças e facilita o seu aprendizado.”

O Portal Aprendiz listou cinco escolas que demonstram a preocupação com o ambiente ao redor e integração com a vizinhança. Espalhados pelo mundo, esses espaços de ensino valorizam o conhecimento comunitário e trazem a cidade para dentro da escola.

#1 Creche Municipal Velez-Rubio

ArqCidadeAs bolas coloridas e envidraçadas nas paredes da Creche Municipal de Velez-Rubio, escola de ensino infantil no interior da Espanha, fazem as crianças se sentirem em uma gigante casa de brinquedos. O pé-direito duplo adaptou a altura da escola aos edifícios da vizinhança e amplificou o espaço interno, trazendo luz natural para o ambiente escolar.

Os alunos são divididos em três grupos, de acordo com a idade, e há ambientes compartilhados por todos, como o refeitório e o pátio. As oito salas de aulas, separadas por cortinas de plástico, são conectadas com espaços ao ar livre, permitindo uma maior circulação.

Durante o dia, a escola é colorida pelo efeito do reflexo da luz solar nas bolas vermelhas, azuis, amarelas e verdes. À noite, a iluminação do espaço deixa o quarteirão mais atraente. As paredes internas possuem pinturas de 1,30 metros (a altura da visão espacial da criança). No teto, a Guardería instalou um sistema de captação de energia solar que ajuda a esquentar a água da escola, reduzindo assim os gastos em energia.

#2 Escola Primária para Ciências e Biodiversidade

ArqCidadeDedicada à pré-escola e ao ensino fundamental, a Escola Primária para Ciências e Biodiversidade, localizada em Boulogne-Billancourt (um bairro de Paris, capital francesa), aposta em uma nova tendência: o retorno da biodiversidade para as áreas urbanas. “Mais do que qualquer outro projeto, a construção de uma escola é uma oportunidade de repensar as conexões conceituais fundamentais entre poesia, educação e natureza, inspirando-se com novos impulsos estéticos”, escreveram os responsáveis pelo projeto.

Para eles, o espaço recria um ecossistema funcional como um lugar de aprendizagem – um local onde as crianças desenvolverão seus potenciais e, como um centro social, receberá os moradores locais, já que o ginásio será aberto a eles. Há também a conexão entre dois playgrounds ao ar livre – um para os alunos mais velhos, outro para os mais novos.

“A escola serve como um elemento unificador em uma paisagem onde a flora e a fauna desempenham um papel vital na orientação do desenvolvimento para o resto da área.”

#3 Binh Duong School

ArqCidadeO projeto arquitetônico da escola de Binh Duong, município vietnamita próximo à cidade de Ho Chi Minh, esforçou-se por não impor fronteiras entre o ambiente escolar e a floresta tropical que o cerca. Afinal, é na sombra das árvores que as garotas e garotos da região gastam o tempo livre.

A escola se espalha por mais de cinco mil m² e tem capacidade para cerca de 800 estudantes. O formato das paredes valoriza a natureza, permitindo a entrada de luz solar e vento, e os professores e alunos podem se encontrar nos espaços livres da escola.

#4 Escuela de San Felipe Chenla

ArqCidadeNas montanhas da Guatemala, o estado de El Quiché guarda grande parte do legado da cultura maia no país. Em busca de uma educação de melhor qualidade para a região, as antigas salas de aula das escolas locais foram totalmente reformuladas por um projeto da Agência de Cooperação Internacional da Coreia do Sul.

Na escola de San Felipe Chenla, os materiais escolhidos para as obras deveriam ornar com o verde claro das florestas de Nebaj e também com as casas da comunidade. De acordo com seus idealizadores, o projeto reforça a relação entre topografia, cultura e modos de uso do espaço.

#5 APAP Open School

ArqCidadeUm dos rios que banha a cidade de Anyang (Coreia do Sul) também serve de espaço de aprendizado para os alunos da escola aberta de APAP. Formada por contêineres de navios, a estrutura da escola foi posicionada ao lado do curso d’água para que os alunos e professores ativem e utilizem esse espaço educativo.

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