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publicado dia 29 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015: Caminhos para uma Cidade Educadora

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Em 2007, a cidade se tornou a morada de mais da metade da população global. Habitantes incertos, inventamos o espaço urbano na constante missão de refazer a nós mesmos. E, nesse processo, aprendemos, vivemos e educamos. Parece fácil, mas os caminhos que levam a uma Cidade Educadora são novos e, por vezes, desconhecidos. Sem fórmula pronta, desde a década 90, diversos municípios vêm assumindo essa identidade, reorientando suas políticas e programas em prol de um projeto pedagógico de cidade.

Essa proposta impõe à escola arranjos inovadores, nos quais tempos, espaços e linguagens se reconfiguram, ampliando as possibilidades de aprendizado e garantindo uma formação em consonância com os desafios do século 21. Nas palavras do espanhol Jaume Bonafé: “A educação tem que sair da escola. A escola tem que sair de si mesma. Tem que buscar outros percursos, descobertas, buscar algo novo, ter menos regras e colocar a possibilidade da descoberta.”

É para esse (re)encontro – da escola com a cidade e da cidade com a educação – que convergem os conteúdos produzidos em 2015 pelo Portal Aprendiz. Confira as principais reportagens do ano sobre Cidades Educadoras:

#1 Territórios Educativos: como aprender na cidade?

Sem muros, uma escola se abre para a comunidade. Em simbiose com os demais equipamentos da região, com a rede de proteção à infância, com coletivos artísticos e organizações sociais, os habitantes desse local se articulam para garantir que a rua seja um espaço de aprendizado para todas as idades. A ideia de que só “os especialistas” detêm o conhecimento cai por terra e as pessoas que ali vivem adicionam suas experiências e saberes na construção de um projeto de desenvolvimento local que começa, mas não termina, no campo da educação. Para além do “Se essa rua fosse minha”, uma proposta: E se esse bairro fosse de todos?

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#2 Cidades educadoras: O espaço urbano no centro da aprendizagem

Essa parece ter sido uma das lições que Rosário, a terceira maior cidade da Argentina, atrás de Córdoba e Buenos Aires, e próxima sede do Congresso Internacional de Cidades Educadoras, que acontecerá em 2016, tirou da prática de Cidade Educadora, que exercita desde 1996. Laura Alfonso, diretora do Escritório Regional da América Latina para a AICE, contou um pouco deste percurso ao Portal Aprendiz. Segundo ela, desde que a cidade se viu como Cidade Educadora, uma série de políticas públicas acompanharam essa definição. “Começamos com uma descentralização institucional, com a ideia de que era necessário ter um governo mais próximo e amigável. Também se desenvolveram muito as políticas sociais, de maneira integrada com transportes e lazer, sempre tendo em mente a necessidade de oferecer aos mais vulneráveis oportunidades iguais”, explica Laura.

Cidade Educadora: é para o (re)encontro da escola com a cidade e da cidade com a educação que convergem os conteúdos produzidos em 2015 pelo Portal Aprendiz

#3 Plano de Educação de Maranguape orienta a criação de uma Cidade Educadora

Ao contrário da maior cidade do Brasil, onde o processo de aprovação do Plano Municipal de Educação (PME) está se caracterizando pelo conservadorismo e pela não adesão das pautas das minorias – que pedem a inclusão da educação sexual e de gênero na rede pública de São Paulo –, o pequeno município de Maranguape, onde vivem 115 mil pessoas no interior do Ceará, aprovou um PME que orienta sua rede para o desenvolvimento de uma Cidade Educadora.

Cidade Educadora: é para o (re)encontro da escola com a cidade e da cidade com a educação que convergem os conteúdos produzidos em 2015 pelo Portal Aprendiz

#4 Fabriciano (MG) adota educação integral nas escolas e converte-se em uma cidade que educa

Não é fácil a tarefa de reconectar a educação com o mundo e a sociedade com a escola. Mas esse é o desafio que uma cidade de 100 mil habitantes no interior de Minas Gerais tomou para si. Encrustada entre Ipatinga e Timóteo, dois pólos industriais do Estado, Fabri, como é apelidada, agora quer ser conhecida como Cidade Educadora. A história começa em 2006, quando a Escola Municipal Otávio Cupertino dos Reis adotou a educação integral. A experiência de pensar a ampliação da jornada e o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes fez com que o poder público notasse que era preciso também ampliar os espaços educativos, as oportunidades de aprendizagem e as articulações locais. Hoje, 14 unidades escolares oferecem educação em tempo integral, através do Mais Educação, programa do Ministério da Educação.

Cidade Educadora: é para o (re)encontro da escola com a cidade e da cidade com a educação que convergem os conteúdos produzidos em 2015 pelo Portal Aprendiz

#5 A cidade é a grande estratégia para voltarmos a produzir sentido coletivamente, afirma Carolina Balparda

“É um erro pensar que se cria uma Cidade Educadora com uma receita, uma fórmula e um modelo. É uma soma de políticas, projetos e práticas que uma cidade leva adiante e encara como uma filosofia, um conceito, uma ideologia e uma metodologia.Também é certo que cada cidade interpreta a sua própria forma de lidar com um projeto educativo. É importante fazer essa ressalva, pois a forma pode variar de acordo com o contexto cultural, social e histórico local. Rosário se pensa como cidade que educa e pensa sua política educativa de uma maneira que é muito própria dela, com suas particularidades”.

Cidade Educadora: é para o (re)encontro da escola com a cidade e da cidade com a educação que convergem os conteúdos produzidos em 2015 pelo Portal Aprendiz

#6 Bairro-Escola Rio Vermelho funda território educativo no coração de Salvador

Educação, coletividade, respeito, convivência, comunicação e transformação. São estes os seis princípios que guiam a atuação do Bairro-Escola Rio Vermelho (BERV), iniciativa que vem utilizando o potencial educativo que existe nas ruas de um dos bairros mais conhecidos de Salvador para desenvolver uma aprendizagem inovadora nas escolas na região. Desde 2012, o Bairro-Escola mobiliza – para além das instituições de ensino –, moradores, artistas, associações, pequenos e grandes empresários, pesquisadores e poder público nessa caminhada em busca de uma Cidade Educadora.

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