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publicado dia 17 de novembro de 2016

Ações protestam contra genocídio da população negra no Brasil

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Dados do 10º Anuário de Segurança Pública, divulgado recentemente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, comprovam algo que há muito se sabe, mas também há muito se esconde: a letalidade da polícia militar brasileira. Uma das comparações mais chocantes mostra que as forças públicas de segurança no Brasil precisam de apenas seis dias para matar o mesmo que a polícia do Reino Unido em 25 anos: 55 pessoas.

No fim de outubro, em São Paulo, cinco jovens negros desapareceram na zona leste da capital. Sequestrados, desaparecidos e torturados, seus corpos foram encontrados no dia 7/11 em uma área rural de Mogi das Cruzes. Mais uma vez, a suspeita pelos assassinatos recai sobre a Polícia Militar do Estado de São Paulo, apesar do secretário de Segurança Pública ter afirmado que a corporação sofre preconceito.

Voltando um pouco mais no tempo, em agosto de 2015 um grupo de extermínio matou 17 pessoas em Osasco e Barueri, na região metropolitana da capital, e três policiais militares e um guarda civil foram apontados como autores da chacina.

A população paulistana, porém, não deixará a sucessão de tragédias ser esquecida. Como parte da ação Novembro negro: ações contra o genocídio em São Paulo, acontece nesta quinta-feira (17/11) o lançamento da campanha #BlackBraziliansMatter e do livro “Mães em Luta – 10 anos dos Crimes de Maio”, organizado pelo jornalista André Caramante, com prefácio de Eliane Brum e perfis das Mães de Maio.

A ação Novembro Negro realizou, no dia 10/11, um ato-vigília em repúdio e em memória dos cinco jovens negros sequestrados na zona leste de São Paulo e então assassinados.

Já no sábado, dia 19/11, ocorrerá o Tribunal Popular contra os Genocídios Negro, Indígena, Pobre e Periférico, no Jardim Ângela, extremo sul da capital. O evento, que acontece na rua Luiz Baldinato, 9, tem a intenção de colocar o Estado no banco dos réus para julgar os crimes cometidos contra as juventudes da região.

No domingo (20/11) será realizada a Marcha da Consciência Negra, com concentração a partir das 10h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na avenida Paulista. Ainda no domingo, Dia da Consciência Negra, acontece a Marcha da Periferia de São Paulo.

(A foto que ilustra essa matéria é de Gutierrez de Jesus Silva via Flickr/Creative Commons)

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