Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Twitter Perfil no Youtube

publicado dia 31 de outubro de 2017

Conheça os projetos premiados pela 32ª Mostratec

por

O maior cajueiro do mundo ocupa cerca de 8.500 metros quadrados da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Nesse estado, o caju é uma das principais produções agrícolas, gerando milhares de empregos decorrentes da exploração da fruta, da castanha e de seus produtos derivados. Embora grande parte do cajueiro seja aproveitado por essas culturas, há uma parte ainda esquecida e vista como sem potencial: as folhas.

Foi o que identificaram as estudantes Evely Yara e Ekarinny Myrela ao desenvolver o Embacaju – uma embalagem biodegradável produzida a partir das folhas de cajueiro com potencial para substituir o plástico ou o isopor. As estudantes apresentaram o projeto na 32ª Mostratec, em Novo Hamburgo (RS), e saíram de lá com três reconhecimentos por seu trabalho, sendo um deles o 1° lugar na categoria Ciências Ambientais da premiação oficial.

Ekarinny e Evely também saíram da 32ª Mostratec com o Prêmio Abric Destaque de Excelência em Ciências Ambientais e foram credenciadas para participar da Expo Milset Brasil 2018, em Fortaleza.

As estudantes cursam o 3° ano do Ensino Médio na Escola Estadual Prof. Hermógenes Nogueira da Costa, em Mossoró (RN), e desenvolvem o Embacaju desde 2015, motivadas por suas inquietações sobre como aproveitar as folhas do cajueiro que jaziam abundantemente em suas ruas. “O caju tem uma cultura muito forte no nosso estado e nós percebemos que também gerava muito resíduo. Então pensamos em como aproveitar as folhas de maneira biodegradável no lugar de algo que também fosse uma grande fonte de resíduos”, explica Ekarinny.

O Embacaju, desenvolvido por Ekarinny e Evely, e a embalagem transparente que o acompanha
O Embacaju, desenvolvido por Ekarinny e Evely, e a embalagem transparente que o acompanha

“Vó, como a senhora fazia para grudar as coisas no seu tempo?”

Engana-se quem pensa que as estudantes tinham qualquer familiaridade com o tema antes de desenvolver o Embacaju: vindas de um colégio de ensino médio regular, elas aprenderam fazendo. Desenvolveram o produto em casa, recorrendo à sabedoria dos familiares para poder seguir em frente com o projeto.

Com essas e outras perguntas elas descobriram os materiais necessários para criar a embalagem: goma de mandioca, água, mel de abelhas e glicerina. A primeira versão não deu certo e ficou quebradiça. A segunda, rígida demais. Foi só na terceira tentativa que acertaram as  proporções e criaram o que hoje é o Embacaju. Depois, ainda aprenderam a diluir o produto para criar uma embalagem transparente, que elas pretendem que seja usada como o equivalente ao papel-filme que hoje usualmente cobre os alimentos.

O produto final foi ainda submetido a testes microbiológicos para garantir que não se transformaria em uma fonte de proliferação de fungos e bactérias. Felizes com o resultado, as estudantes têm esperanças que sua criação seja difundida e usada em larga escala, contribuindo com um mundo mais sustentável.

Premiados na Mostratec

32ª Mostratec premiou dezenas de projetos de vários países participantes.

Os 670 projetos expostos na 32ª Mostratec concorreram a 28 prêmios diferentes nas mais variadas áreas. Durante a Mostratec, o Portal Aprendiz conversou com os autores de alguns dos trabalhos que acabaram premiados. Confira aqui a lista completa e conheça abaixo alguns dos projetos:

Laura Leal de Souza queria prestar a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), mas não se sentiu encorajada em seu colégio em Belo Horizonte. Por isso, resolveu estudar como meninos e meninas percebiam as ciências exatas e percebeu que os meninos são mais encorajados na área desde cedo, quase de modo automático. Já as meninas de sua escola se viam menos nessa área de conhecimento e careciam de incentivo constante para que fossem estimuladas a prestar carreiras de Exatas
Laura Leal de Souza queria prestar a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), mas não se sentiu encorajada em seu colégio em Belo Horizonte. Por isso, resolveu estudar como meninos e meninas percebiam as ciências exatas e percebeu que os meninos são mais encorajados na área enquanto as meninas de sua escola careciam de incentivo para que fossem estimuladas a prestar carreiras de Exatas. Ela ganhou o prêmio da revista Inciência e publicará um artigo.
Izadora Zanchetta e Isadora de Mello são alunas da Fundação Liberato e desenvolveram o LifeCare, dispositivo que monitora os sinais vitais de idosos (temperatura corporal, batimentos cardíacos e oxigenação do sangue) e envia uma mensagem ao responsável caso haja alguma anormalidade. O Lifecare não é invasivo, sendo "vestido" no braço dos idosos. O projeto das meninas ficou em 3° lugar na Categoria Medicina e Saúde na premiação oficial da feira e também ganhou o prêmio IBTEC, sendo classificado para a Febrace 2018
Izadora Zanchetta e Isadora de Mello são alunas da Fundação Liberato e desenvolveram o LifeCare, dispositivo que monitora os sinais vitais de idosos (temperatura corporal, batimentos cardíacos e oxigenação do sangue) e envia uma mensagem ao responsável caso haja alguma anormalidade. O projeto das meninas ficou em 3° lugar na Categoria Medicina e Saúde na premiação oficial da feira e também ganhou o prêmio IBTEC, sendo classificado para a Febrace 2018.
Também da Fundação Liberato, os alunos do 4º Ano de Eletrônica desenvolveram um mecanismo que, utilizando o código binário, consegue identificar comandos em pacientes com lesões cerebrais e que perderam a fala, transformando em linguagem. É um mecanismo parecido com o utilizado pelo físico Stephen Hawking. O projeto será pré-incubado na Incubadora Ulbratech
Também da Fundação Liberato, os alunos do 4º Ano de Eletrônica desenvolveram um mecanismo que, utilizando o código binário, consegue identificar comandos em pacientes com lesões cerebrais e que perderam a fala, transformando-os em linguagem. É um mecanismo parecido com o utilizado pelo físico Stephen Hawking. O projeto será pré-incubado na Incubadora Ulbratech.
O Colifree, desenvolvido pela aluna Giovana Rosa, é uma alternativa para aliviar cólicas menstruais sem o uso de remédios. Ele dá pequenos choques na região pélvica e pode ser utilizado várias vezes. Ainda em fase de teste, ficou em 4° lugar na categoria Medicina e Saúde da premiação oficial da Mostratec
O Colifree, desenvolvido pela aluna Giovana Rosa, é uma alternativa para aliviar cólicas menstruais sem o uso de remédios. Ele dá pequenos choques na região pélvica e pode ser utilizado várias vezes. Ainda em fase de teste, ficou em 4° lugar na categoria Medicina e Saúde da premiação oficial da Mostratec 

A repórter Nana Soares viajou a Novo Hamburgo a convite da Mostratec.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

Portal Aprendiz agora é Educação & Território.

×