Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Twitter Perfil no Youtube

publicado dia 26 de julho de 2018

3 livros infantis para falar sobre perda com as crianças

por

Cercada de tabus, porém inevitável, a morte é um assunto difícil de tratar entre adultos. Quando o interlocutor, no entanto, são crianças a complexidade é ainda maior. Neste esforço de ajudar a comunicar e compreender algo tão natural como a vida, alguns livros infantis se debruçam sobre a perda, trazendo abordagens sensíveis, filosóficas ou metafóricas. Abaixo, o Portal Aprendiz selecionou algumas obras que tratam do tema.

Leia + 5 livros infantis sobre ancestralidade, cultura e identidade negra

No Oco da Avelã, de Muriel Mingau.

Ilustrações de Carmem Segovia. Tradução de Chantal Castelli. Edições SM, 2013.

A relação vida-morte pauta essa adpatação de uma antiga história escocesa. Ao encontrar sua mãe muito doente, o pequeno Paul sai em busca da morte na tentativa de derrotá-la e reverter a fatalidade do destino de sua mãe. Consegue, finalmente, aprisioná-la dentro da casca de uma avelã. Sua mãe começa a dar sinais de melhora, mas a felicidade dura pouco. Colher, caçar, pescar e demais ações que pressupõem a morte tornam-se impossíveis. Assim como a vida. Com sensibilidade, a narrativa consegue transmitir para os pequenos a importância do ciclo da vida e, consequentemente, de seu encerramento.

Para onde vamos quando desaparecemos?, de Isabel Minhós Martins.

Ilustrações de Madalena Matoso. Editora Tordesilhas, 2015.

Não raro a pergunta que dá título ao livro costuma sair da boca das crianças, provocando constrangimento entre os adultos. A partir de elementos cotidianos como as nuvens, as poças d’água, e até mesmo aquela meia que sempre desaparece deixando a outra sem par, a autora portuguesa Isabel Minhós Martins conduz o leitor a refletir sobre a finitude das coisas e os mistérios por trás dos desaparecimentos. Recomendada pelo Plano Nacional de Leitura de Portugal e eleita, em 2013, um dos melhores livros para crianças pelo Time Out London, a obra é permeada por uma linguagem poética e provoca mais perguntas, do que respostas, dando asas à imaginação dos pequenos.

Harvey — Como me tornei invisível, de Herve Bouchard.

Ilustrações de Janice Nadeau. Editora Pulo do Gato, 2013.

Refugiando-se em um mundo de fantasia é como o introvertido menino Harvey lida com a perda de seu pai. O acontecimento que vira seu mundo de cabeça para baixo e lhe apresenta uma nova sensação, o luto, também desperta outras coisas para além da dor. As ilustrações de Janice Nadeau embalam o ritmo do texto de Herve Bouchard, entrecortado por grandes silêncios. Como resultado, temos uma obra onde as duas linguagens se complementam para transmitir sentido e as percepções do personagem.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

Portal Aprendiz agora é Educação & Território.

×