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Por Mariana Fonseca, do Porvir

O ano de 2012 tem se mostrado, até agora, como o ano do ensino on-line na educação. Não que o tema seja novidade, mas talvez essa seja a primeira vez que iniciativas de grande impacto e de alta qualidade estejam sendo colocadas na mesma cesta, ao mesmo tempo. Larry Summers tem o desafio de criar uma universidade de elite on-line; MIT se uniu a Harvard para criar o edX; o MIT também se aproximou do projeto mais conhecido de aulas on-line, a Khan Academy; quatro outras grandes universidades de elite americana lançaram o Coursera; o TED também abriu espaço para a customização de aulas via TED-Ed.

Agora é a vez de hackers e educadores da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, desenvolverem a Pathwright, uma plataforma para professores do mundo inteiro criarem, distribuírem e venderem cursos on-line. Na ferramenta, os educadores podem inventar sua própria marca ou divulgar as de suas escolas on-line.

Em comparação com ferramentas similares, a Pathwright tem a vantagem de ter simplificado o processo de criação das aulas. De acordo com o criador da start-up, Paul Johnson, a plataforma foi testada em uma versão beta entre professores e estudantes justamente para torná-la mais amigável. Johnson disse à revista eletrônica TechCrunch que seu objetivo é dar aos educadores um acesso direto a estudantes do mundo todo.

Na plataforma é possível criar apenas uma aula, montar um curso ou ainda desenvolver uma escola inteira, treinar funcionários e até oferecer treinamento on-line. Além das ferramentas usadas para incrementar as aulas – como exercícios, vídeos, sugestões de leitura e áudio -, cada página de curso nasce com uma espécie de rede social de estudantes. Nela, alunos podem compartilhar anotações, perguntar e responder dúvidas e ainda receber notas e feedback dos próprios professores.

As formas de compra e venda das aulas também são variáveis. Professores podem criar seus próprios catálogos de cursos abertos ao público ou fechados apenas para convidados, oferecer assinaturas mensais para todas as aulas ou vender cada uma das aulas separadamente. Ou ainda oferecer diferentes níveis de interação aluno-professor, de feedbacks e até aulas presenciais.

Na plataforma, a equipe do projeto faz referência à atual corrida pela educação. “Há muita conversa atualmente sobre como ‘consertar’ a educação. Enquanto o mundo da tecnologia se concentra em novas ferramentas, é fácil esquecer a essência do que fazem os educadores: eles criam caminhos para outras pessoas seguirem, as guiam pelo longo caminho do aprendizado. A criação dessa caminho é uma arte e uma ciência.”

Quando questionado sobre o fato de eles abrirem o mercado de educação para pessoas não credenciadas e de forma tão informal, o criador do projeto tem dito aos diferentes blogs de tecnologia que esse é um risco a se correr. “Sabemos que alguns cursos serão muito bons e que outros nem tanto. Nossa esperança é que o projeto ajude os educadores a criarem melhores cursos, mas é claro que eles podem seguir na direção errada.”

Por enquanto, o site só cobra de professores que registrarem mais de dez cursos. A partir daí, são cobrados US$ 7 por curso, além de 4% do valor das vendas. A expectativa em torno do projeto é alta, mas ainda será necessário esperar que os professores adotem a plataforma que, por ora, ainda está causando barulho apenas entre os portais de tecnologia com quase nenhuma aula disponível.

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