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publicado dia 10 de dezembro de 2013

Escola Digital estimula uso da tecnologia no aprendizado

Criada para facilitar o acesso de professores e estudantes a materiais educativos – que enriquecem as práticas pedagógicas e potencializam o uso qualificado de tecnologia na educação –, a plataforma online Escola Digital disponibiliza o que chama de Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA) em diversas mídias: aplicativo móvel, animações, aulas digitais, infográficos, jogos, simuladores, vídeos e áudios, entre outros.

“Tais objetos podem ser utilizados diretamente como parte do processo pedagógico e do conteúdo curricular”, explica Ana Penido, diretora do Inspirare que, em parceria com o Instituto Natura, lançou a plataforma nesta terça-feira (10/12), em evento realizado em São Paulo.

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Até o momento, foram mapeados 1.636 objetos e recursos digitais, sendo mais de 90% gratuito. O mapeamento foi realizado com base em pesquisa online e entrevista com educadores, especialistas e usuários – grande parte dos objetos reunidos foram identificados por professores da rede estadual de educação de São Paulo, que colaborou na construção do projeto.

A plataforma pretende ampliar o acervo disponível por meio de colaborações de usuários, que poderão enviar sugestões e comentários. “Quanto mais professores, alunos e pessoas se apropriarem desse processo, mais rico ele será”, acredita Penido.

A expectativa dos organizadores é que as secretarias de educação de diversos estados adotem a plataforma como suporte pedagógico. “Ela dá a possibilidade de cada aluno aprender da forma que melhor entender, seja por animação, infográfico ou jogos.”

Lançamento

O diretor-presidente do Instituto Natura, Pedro Villares, lembrou que, ao já nascerem em um mundo repleto de tecnologia, as crianças estão familiarizadas com a linguagem digital – mas é preciso aproximar a aprendizagem desse universo. “Queremos professores valorizados, que possam fazer uso das tecnologias de informação sem receio”, declarou.

Olavo Nogueira, representante da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo presente no evento, revelou que a pasta lançará em janeiro o programa Novas tecnologias, novas possibilidades, que incentiva o uso e criação de objetos digitais de aprendizagem na rede pública de ensino. “Existe a proposta de estruturar um banco nacional de objetos de aprendizagem e possibilitar a customização dessa plataforma para qualquer secretaria do país, seja ela municipal ou estadual”, observou Nogueira.

Flipped Classroom

Presentes no lançamento, docentes de escolas pública e privada estão de acordo quanto às possibilidades de melhoria de aprendizagem a partir da plataforma. “Tanto professores como alunos querem ser autores das suas próprias ferramentas – esses últimos, então, anseiam para serem protagonistas de seu processo de aprendizagem”, afirma Cristiana Mattos, coordenadora de tecnologia educacional do Colégio Bandeirantes.

Mattos retoma o conceito de flipped classroom, no qual o aluno aprende o conteúdo em casa e usa a sala de aula para sanar as dúvidas. “A Escola Digital permite que o tempo presencial seja usado de outra forma: porque não usar esse material para estudar em casa?”, questiona.

Ao tornar as aulas mais interativas e atraentes para os jovens, os objetos digitais prendem a atenção dos alunos e aceleram o processo de aprendizagem. Essa é a opinião de Dulcinéia Ramos, professora de Geografia da rede pública de Sertãozinho, no interior paulista. “Contudo, a formação dos docentes quanto ao uso dessas tecnologias deve ser cotidiana, e não apenas pontual”, reforça.

Para Gislaine Munhoz, professora do laboratório de informática da EMEF Rivadávia Marques Júnior, a Escola Digital é uma forma de propor conhecimento aliado ao entretenimento. “Mas é essencial que o professor esteja aberto para conhecer a cultura infanto-juvenil. Não adianta pensar que os jovens só gostam de funk”, alerta.

Sua experiência ilustra bem os tempos de hoje: ao perceber que seus alunos jogavam no Facebook durante as aulas, a professora propôs que eles inventassem novos jogos na plataforma Scratch. A ideia foi um sucesso e hoje eles mantêm o Jogos do Riva, um site que reúne todas as invenções.

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