Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Twitter Perfil no Youtube

publicado dia 18 de junho de 2013

Conselho da Cidade se reúne com MPL para discutir transporte

por

Manifestantes chegam à avenida 23 de maio.

Com informações da Agência Brasil e Uol

Após a manifestação que parou São Paulo ontem, reunindo mais de 60 mil pessoas espalhadas por diversas ruas e avenidas da capital, o prefeito Fernando Haddad convocou uma reunião extraordinária do Conselho da Cidade e convidou o MPL (Movimento Passe Livre), grupo que organizou os cinco atos contra o aumento da tarifa de ônibus e metrô, para participar da discussão. A conversa deve abordar os problemas do transporte público paulistano.

O Conselho da Cidade é formado por 136 conselheiros e tem como objetivo acompanhar o plano de metas da gestão municipal e analisar a revisão do plano diretor da cidade – o órgão tem caráter consultivo, e não deliberativo. Outros temas podem ser escolhidos pelos conselheiros, que variam de representantes de movimentos sociais e sindicatos a artistas, intelectuais, jornalistas e políticos, além de empresários e lideranças religiosas.

Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, um dos conselheiros presentes na reunião, “a maior parte dos membros do Conselho da Cidade tem se manifestado a favor da revogação imediata do aumento nas passagens de ônibus”. Eles propõem que o poder público convoque uma ampla discussão com a sociedade sobre o transporte público.

Ainda nas palavras do jornalista, “houve pesadas cobranças a respeito dos lucros das empresas de transporte e a necessidade de diminuí-los, uma vez que estamos no momento de rediscutir os contratos com as empresas de ônibus. Muitas falas repudiaram a violência e outras lembraram que este não é um debate técnico, mas sim político”.

As manifestações contra o aumento da tarifa no transporte público se espalharam pelo Brasil e aconteceram em mais de 20 cidades ontem. Em São Paulo, a multidão tomou a avenida Faria Lima e se dividiu em dois caminhos: uma parte rumo à avenida Paulista, e outra em direção a ponte Octávio Frias de Oliveira (Estaiada). Este último grupo ainda seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, onde houve tumulto e conflito com a polícia militar.

Em Brasília, manifestantes ocuparam a cobertura do Congresso Nacional. No Rio de Janeiro houve confronto com a polícia quando o protesto chegou à Assembleia Legislativa (Alerj). Dois manifestantes foram baleados e estão internados. A população foi às ruas em outras oito capitais, como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Belém.

Redução da tarifa

Após a reunião com o Conselho da Cidade, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu a examinar as planilhas de custo referentes ao transporte público. Ele disse que vai “refletir no que poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa”.

Além da revisão das planilhas, Haddad prometeu examinar o lucro dos empresários das concessionárias de ônibus. “Como cidadão, acho que quem deveria financiar o transporte público é o transporte individual”, comentou o prefeito.

Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes, participou da discussão e afirmou que a revogação do aumento custaria R$300 milhões para o município. Ele se mostrou favorável à cobrança de um imposto sobre a gasolina direto da bomba.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

Portal Aprendiz agora é Educação & Território.

×