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publicado dia 22 de janeiro de 2014

Catarse: crowdfunding tem potencial inexplorado para projetos educativos

por

Juliana Sada, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz

Há três anos estreava o site Catarse que trazia ao Brasil um novo modelo de financiamento de projetos. É o crowdfunding ou, em português, financiamento coletivo. A iniciativa é, em poucas palavras, uma plataforma online onde realizadores apresentam seus projetos e interessados fazem doações.

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Pela primeira vez, o Catarse realizou uma pesquisa com os financiadores para descobrir quais tipos de projeto gostariam de apoiar, o que os leva a realizar doações e outras questões. Nos resultados, a educação aparece no topo de duas listas: na de projeto que as pessoas gostariam de apoiar e na que indica a percepção de falta de projetos relevantes. A pesquisa revela que 65% dos entrevistados gostariam de contribuir com projetos de Educação, enquanto 36% creem que faltam opções relevantes nessa área no Catarse. Apenas 6% dos entrevistados trabalham na área de Educação e Pedagogia. Atualmente, há apenas três projetos de Educação em busca de financiamento na página, dentro de um universo de mais de cem iniciativas.

Os dados mostram também grande interesse dos financiadores na área Social. De acordo com a pesquisa, 41% das pessoas querem apoiar projetos “com viés social e/ou ambiental, que fortaleçam comunidades de forma responsável e solidária”. Segundo os sócios do Catarse, Diego Reeberg e Luis Otávio Ribeiro, a categoria Comunidade é a terceira maior em termos de arrecadação. “Esse tipo de iniciativa tinha muita carência de recursos devido ao desinteresse comercial e falta de opções de financiamento. Esse novo modelo serve a projetos pelos quais o mercado não se interessa ou que não se interessam pelo mercado”, analisaram os sócios em entrevista concedida à Revista Galileu (Editora Globo) e disponível no Blog do Catarse.

Outras áreas em que há grande interesse de financiamento são Cinema e Vídeo, Música, Literatura e Meio Ambiente. O balanço de três anos do Catarse revela que quase metade dos projetos apresentados eram de Música ou de Cinema e que os 884 bem sucedidos arrecadaram, ao todo, mais de 13 milhões de reais. Um dado curioso é que o Tocantins é o único estado que não teve projeto no Catarse.

A pesquisa traz também o perfil dos apoiadores de projetos. Concentrados na região Sudeste e Sul, mas presentes em todo o país, os financiadores são, em sua maioria, homens (59%), na faixa entre os 25 e 40 anos e com nível superior de ensino ou, ao menos, cursando. Apenas 6 % dos apoiadores cursaram até o segundo grau apenas. Em relação à renda e trabalho, 64% ganham até 6 mil reais por mês e quase metade está empregado em empresa privada ou no setor público. A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.



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