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publicado dia 4 de abril de 2014

Quando a tecnologia humaniza

por

Do Centro de Referências em Educação Integral e Portal Aprendiz

Valorizar as dimensões humanas e subjetivas é tarefa inerente a qualquer ato educacional. Dentro ou fora da escola, o processo de aprendizagem tem como desafio contemplar as dimensões lúdicas, emocionais e afetivas para garantir o desenvolvimento integral, especialmente de crianças e jovens. Mas quando essas crianças estão doentes, internadas e afastadas do convívio familiar e escolar, tudo fica mais difícil.

A humanização hospitalar segue como uma necessidade para muitos países. De campanhas para doação de brinquedos, passando por “palhaçoterapia”, são muitas as iniciativas que visam aproximar os pacientes de um ambiente mais saudável e acolhedor.

Recentemente, em parceria com a FON – fabricante de travesseiros, brinquedos e almofadas – o Hospital Amaral Carvalho, localizado em Jaú (SP), criou o ursinho Elo. Conectado a um número de Whatsapp, o “companheiro” armazena mensagens gravadas por familiares, amigos e professores das crianças em tratamento contra o câncer.

Quando a vontade de ir pra casa e voltar à escola se manifestam, os pequenos pacientes apertam a mão do ursinho e se sentem novamente mais perto daqueles que amam. Assista ao vídeo e confira abaixo outras três experiências que utilizam a tecnologia como caminho para a humanização.

Fotografias que humanizam

Desenvolvido desde 2006 pela organização Imagem Mágica, o programa Saúde e Cultura (www.blogsaudeecultura.com.br) busca aproximar, por meio da fotografia, as equipes hospitalares, familiares e pacientes.  Atuando em hospitais e centros de atenção à saúde, médicos, enfermeiros, psicólogos e equipe de limpeza a pacientes e seus familiares viram fotógrafos e com uma câmera digital em mãos são convidados a retratar o cuidar, buscando entender como cuidam e como são cuidados.

O ambiente hospitalar e o relacionamento entre todos melhoram e, ao final, os participantes recebem suas fotos ampliadas com uma legenda feita por eles mesmos. Dessa forma, o projeto promove a humanização na área da saúde. Em mais de 50 hospitais por todo o Brasil, o programa reconfigura relações em ambientes que, muitas vezes, acaba sendo pouco acolhedor.

Computadores que aproximam

A enorme fabricante de computadores DELL desenvolve, entre suas ações de responsabilidade social, projetos de apoio à centros de pesquisa e hospitais para pacientes com câncer. Além de apoiar diferentes ações ao redor do globo, a fábrica mantém um hospital (http://www.dellchildrens.net/) no Texas, nos Estados Unidos inteiramente voltado ao tratamento de crianças com câncer ou doenças sanguíneas. Na unidade, as salas de exame são equipadas com laptops para garantir acompanhamento e documentação “em tempo real” de cada paciente.

Além disso, entendendo a importância da participação familiar, o hospital criou uma ferramenta online para que familiares e amigos possam mandar cartões às crianças e adolescentes internados. A pessoa entra no site, escolhe o cartão, escreve a mensagem e a direciona ao paciente, indicando seu nome e quarto. Em seguida, a equipe do hospital imprime o cartão e entrega à criança, que recebe a mensagem e o carinho daqueles que torcem por sua recuperação.

Jogo para empoderar jovens com câncer

Pesquisadores do HopeLab, organização sem fins lucrativos que estuda formas de impactar positivamente a saúde das pessoas, desenvolveu uma ação bastante inovadora para apoiar adolescentes e jovens adultos com câncer: o jogo “Re-Mission 2”, que se traduz como “Re-missão 2”, fazendo alusão tanto à lógica dos games de tarefas a serem cumpridas, quanto ao fim da doença.

O Re-Mission é uma coletânea de mini-jogos desenhada para que os pacientes possam entender mais sobre a doença, sobre as condições por ela imposta e como seus corpos efetivamente se beneficiam dos tratamentos, que são, muitas vezes, desagradáveis.

O jogo é uma reedição – aprimorada – de uma estratégia lançada em 2006, que teve aferido impacto na saúde dos envolvidos. Segundo o vice-presidente da HopeLab e presidente de medicina da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), aferiu que o game ativa circuitos cerberais que fazem com que a pessoa se sinta motivada e empoderada a combater a doença. No percurso, os pacientes vão “combatendo” o câncer, com armas como quimioterapia, drogas de combate ao câncer e o próprio sistema imunológico da pessoa. Por meio do jogo, as equipes médicas conseguiram ampliar a aderência dos jovens aos programas de tratamento, já que o game estimula que os pacientes retomem suas identidades como “jovens” e percebam que esta é uma fase dura, mas finita e que eles precisam participar ativamente do próprio tratamento. O game foi desenvolvido, inclusive, com ajuda de pacientes que se curaram. Os jogos estão disponíveis nas plataformas IOS e Android ou online.

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