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publicado dia 3 de junho de 2014

Museu da Imigração terá gestão aberta à comunidade

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Fechado para reformas há quase quatro anos, o Museu da Imigração do Estado de São Paulo foi reaberto no último sábado (31/5) com a exposição “Migrar: experiências, memórias e identidades”, que conta as inúmeras histórias de mais de 2,5 milhões de pessoas vindas de 70 países que, entre 1887 e 1978, passaram pela Hospedaria de Imigrantes do Brás – atual sede do Museu.

A exposição tem entrada gratuita até o final de julho e pretende mostrar a influência dos imigrantes na formação da sociedade brasileira, além de expor o patrimônio material e imaterial trazido por eles.

Reposicionamento conceitual

Segundo a museóloga e presidente-executiva do Museu da Imigração, Marília Bonas Conte, o fechamento não se deu apenas para restauro físico, mas também para reposicionamento conceitual. “Um desafio do museu contemporâneo é estar sempre em processo, nunca acabado e em constante diálogo com o seu público”, afirma ela, que participou da mesa de abertura do 6º Encontro Paulista de Museus. “Queremos um Museu que seja uma ferramenta de transformação social, discutindo o direito à cultura, a diversidade, a equidade e a identidade dessas pessoas.”

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Hoje, o Museu da Imigração trabalha com 80 comunidades de migrantes, imigrantes e descendentes, e tem a intenção de aproximar da sua gestão essas múltiplas vozes provenientes de tantos lugares. “Desde a reinauguração, estamos com uma política de transparência nas decisões. Também temos uma preocupação em explicar quem é quem dentro do museu. Nossa proposta é inserir os sujeitos das experiências de migração nos processos museológicos de preservação, pesquisa e comunicação.”

Uso democrático

Até o fim de 2014, será constituído um grupo técnico de comunidades e instituições parceiras que trabalharão nas questões internas do museu, “garantindo o uso democrático, equânime e diverso dos espaços físicos e de representação do Museu”. De acordo com Marília, essa é uma estrutura que busca equilibrar o conhecimento acadêmico com o comunitário.

Para ela, o Museu da Imigração é um ponto de encontro que irradia informação e recebe o que é produzido pelas comunidades, definidas pela museóloga como “pessoas em conexão em níveis não-hierárquicos”.

Plateia assiste dança italiana na Festa do Imigrante. | Crédito: Divulgação

Festa do Imigrante

Além da reinauguração, comemorada com festa no último sábado, o Museu prepara a 19ª Festa do Imigrante, a ser realizada nos dias 20, 26 e 27/7, quando serão reunidas manifestações culturais, artísticas e gastronômicas das muitas nações que povoam o estado de São Paulo. “As comunidades podem contar suas histórias através da música, da dança, do artesanato e das comidas típicas, sempre reinventando esse conhecimento”, observa. “Não se trata de cultura cristalizada, mas da construção e reconstrução de identidades.”

Serviço – Museu do Imigrante
Endereço: Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP
Horários: de terça a domingo, das 9h às 17h
Preço: R$ 6 (Entrada gratuita até 31/7)

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