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publicado dia 9 de setembro de 2014

Escola de jornalismo online busca “tradução jovem” para a velha mídia

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Énóis | Agência de Conteúdo Jovem deve lançar, até o final deste mês, a sua escola online de jornalismo. Para entender melhor a importância disso, vale conhecer a história dessa agência-escola.

Em 2009, após um trabalho na ONG Casa do Zezinho, na zona sul de São Paulo, Amanda Rahra e Nina Weingrill resolveram realizar oficinas de jornalismo. Dos mais de 100 alunos que participaram, 70% aumentaram as notas na escola, 30% dobraram a média em português (de 5 para 10) e 50% entraram em faculdades aprovados pelo Prouni.

O sucesso da metodologia fez com que as duas jornalistas fundassem a Énóis que, desde 2012, funciona como um espaço de aprendizado, formação e produção de conteúdo “de jovens para jovens de periferia”.

 Na rede

“Em 2013, começamos – despretensiosamente – um curso na rede. Não tínhamos nem fôlego, nem perna, para chegar a tantos lugares quanto queríamos”, relembra Amanda. “Mas queríamos atingir mais gente. E os meninos e meninas estão todos na internet. É lá que eles estudam para diversas coisas, vídeo-aula no Youtube, por exemplo, vai de matemática à manicure.”

O curso, em vídeo, atingiu mais de 3.100 alunos na plataforma Udemy (acesse aqui). Desse total, cinco colocaram a mão na massa e produziram seus próprios documentários. A experiência inspirou a ideia da Escola Livre de Jornalismo.

Para realizá-la, foram ao site de financiamento colaborativo Catarse e propuseram os cincos módulos de vídeo-aula e uma plataforma digital.  Para falar de ética no jornalismo, entrou Leonardo Sakamoto, colunista do UOL e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Num outro, chamado “Como hackear a cidade”, a convidada fo Natália Garcia, do Cidade para Pessoas.

O projeto também contempla a realizações dos “Rolezões”, atividades em bairros periféricos, para discutir com os jovens temas relevantes às suas realidades.

 Escola Livre

Caminhando com as mesmas pernas, também está o “Escola Livre”, considerado um dos módulos dessa escola. Ao perceber que os jovens usavam a mídia como fonte primária para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as jornalistas criaram um site com notícias feitas por jovens, para jovens.

“Precisamos de uma tradução jovem da mídia. A Folha de S. Paulo matou o Folhateen, os outros jornais também, vai ver que é por que eles não sabiam fazer”, reflete Amanda.

Para proporcionar uma leitura crítica da mídia, o site conta com dicas culturais, análises próprias sobre assuntos da atualidade, tudo produzido pela jornalista Karoline Maia, egressa dos cursos da Énóis, em conjunto com a equipe da Agência.

Nas próximas semanas, a Énóis realizará uma série de oficinas presenciais de quatro encontros. No dia 19/9, começa o “Como transformar sua ideia em projeto”, seguido por aulas de videodocumentário, jornalismo gastronômico na periferia e um curso sobre como criar seu veículo de comunicação.

Atualmente, o Escola Livre está com duas cotas de apoio abertas, para patrocinadores e instituições que queiram participar e apoiar o projeto.

Confira o site do Escola Livre e da Énois para saber mais.

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