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publicado dia 11 de dezembro de 2014

Coletivo embeleza postes de energia em São Paulo

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Já parou para pensar quantos postes de energia uma cidade como São Paulo tem?

Os tubos de concreto, cinzentos e imensos, se espalham aos milhares pelas ruas e avenidas de qualquer zona urbana. Ao mesmo tempo que o equipamento é essencial para a distribuição correta de energia, muitas vezes sua construção é feita sem nenhuma regra, atrapalhando quem anda pelas calçadas e reduzindo a estética urbana a um emaranho de fios que parecem infinitos.

Observando o poste como uma possibilidade fértil para o desabrochar de uma cidade criativa, o Coletivo Escala Humana decidiu se apropriar desses pedaços avulsos de concreto para intervir na cidade. Tintas, tecidos, mudas de planta e sapateiras são os materiais básicos que os jovens usam para realizar o projeto Poste Parade.

PosteParade“Trata-se de uma infraestrutura subutilizada que visualmente não faz sentido nenhum pra cidade”, acredita Day Araújo, uma das integrantes do coletivo. “E detalhe: o poste não tem dono, nem a Prefeitura nem a Eletropaulo se responsabilizam diretamente por ele.”

O Poste Parade foi contemplado pelo Projeto Velame e recebeu verba para ser realizado durante seis meses.

Por conta disso, o coletivo não esperou autorização e simplesmente foi mexendo nos postes mais próximos. Transformaram alguns equipamentos no Largo da Batata e nos arredores da Avenida Paulista, além de postes vizinhos às suas casas. Na rua Maria Figueiredo, por exemplo, colocaram mudas em uma sapateira e a prenderam em um poste sem uso. “A ideia é dar utilidade aos aparelhos da cidade”, conta Francisco Alvares.

Em outros postes, foram trançadas fitas de cetim coloridas que continham frases para amigos. “Essa interação é muito bacana. Posso falar para um amigo que deixei um recado para ele não na portaria do prédio, mas sim pendurado na cidade”, observa Day.

PosteParadeA metodologia facilmente replicável é destaca pelo grupo. Clara Grillo, por exemplo, tem planos de embelezar um poste bem em frente de sua casa, mas tem dúvidas acerca da reação dos vizinhos. “Queremos incentivar que as pessoas repliquem essa ideia, porque não é nada difícil intervir em um poste”, comenta Clara.

De acordo com os jovens, o principal objetivo do Coletivo Escala Humana é fazer as pessoas perderem o medo de intervir no espaço público urbano. “Existe um pensamento de que na rua tudo é proibido e nada te pertence. Precisamos fazer as pessoas verem que a cidade é de todos”, analisa Day. “A gente quer arte em todo lugar, em todas as esquinas, em todas as ruas. Enfim, queremos deixar a cidade mais cidade”, finaliza Francisco.

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