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publicado dia 15 de julho de 2015

Escola ou prisão? Jogo de estudante brasileiro te desafia a saber a diferença

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Por Ana Luiza Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral

O desafio é aparentemente simples. Você precisa olhar para recortes de algumas imagens e apontar se elas remetem a situações vivenciadas em escolas ou em prisões. O que intriga é a facilidade do erro. De dez pessoas que procuramos para fazer o teste, cinco não passaram da primeira questão.

telajogo

O jogo School or Prision (Escola ou Prisão) é criação do estudante de Ciências da Computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Victor Maristane, e foi um dos vencedores do concurso Story to Tell, organizado pela World Merit, que tem como objetivo estimular jovens de todo o mundo a superarem problemas sociais.

Victor, único brasileiro inscrito, venceu ao lado da paquistanesa Nida Javed, que abordou a questão do trabalho infantil, presente em seu país, por meio de um vídeo. Como premiação, os participantes vão ganhar uma viagem a uma conferência de educação no México.

Uma questão a ser problematizada

Em entrevista ao portal G1, Victor conta que passou a pensar sobre essa questão ao ler o livro Volta ao mundo em 13 escolas que reúne experiências educacionais inovadoras de nove países. Ele conta que, em um dos relatos, uma diretora disse ter ouvido de uma criança que as grades do colégio pareciam uma prisão. E que, tempos depois, a escola decidiu retirá-las.

A questão foi o ponto de partida para que ele se aprofundasse em estudos sobre a temática e desenvolvesse o jogo, feito em apenas uma semana, para se adequar ao prazo do concurso. Inicialmente, o estudante queria fazer uma provocação para que as pessoas pensassem na necessidade de mudanças. Ele não descarta aprofundar a temática em um blog ou documentário.

Já na tela inicial do jogo, o estudante traz a reflexão:

“Escola e prisão são instituições irmãs. Uma tenta educar, a outra reeducar. Entretanto, a maioria delas vem falhando terrivelmente, especialmente as que estão em países em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, mais da metade dos alunos desistem da escola primária, metade no ensino médio e 30% na faculdade. As pessoas estão literalmente abandonando as salas de aula. Coincidentemente, ou não, o país tem terceira maior população carcerária. E isso vem aumentando a cada ano, em parte devido a uma chocante taxa de reincidência de 70%.

E o Brasil é apenas um exemplo. As escolas e prisões em todos os lugares estão enfrentando desafios enormes em conduzir o desenvolvimento de seus alunos ou presos para a vida no século XXI. Por quê? O que podemos fazer sobre isso? Como podemos fazer com que as prisões pareçam mais com escolas e as escolas menos com prisões? Este jogo que eu criei é uma tentativa de abordar essas questões.”

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