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publicado dia 24 de novembro de 2015

Wi-Fi Livre: consulta pública ajudará a definir novas praças com internet aberta

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Por Débora Gonçalves, do VilaMundo

A fim de estimular a população a se apropriar do espaço público por meio da ocupação das praças da cidade, estimulando a cultura digital, a Prefeitura de São Paulo lançou em 2014 o programa WiFi Livre SP, que está atualmente operando em 120 pontos espalhados pelos distritos da capital paulista. Para expandir a iniciativa de acesso livre à internet, foi aberta na última quarta-feira (18/11) uma plataforma online de consulta pública que coletará informações e sugestões de locais que possam ser beneficiados na próxima etapa do programa.

Rede de internet livre em São Paulo deve ser expandida
Consulta pública ajudará a definir espaços públicos que receberão wi-fi

Entre os locais já apresentados, é possível apoiar a Praça do Beco Niggaz da Hora que, desde 2013, tem reunido a comunidade em torno de propostas de requalificação do espaço. Além da programação habitual, que inclui jogos de basquete e aulas de circo, em agosto deste ano, a Praça recebeu o workshop “Luz para a Coexistência” e foi sede de instalações temporárias de iluminação. Palco de importantes intervenções urbanas, como o grafite, a Praça do Beco Niggaz da Hora foi batizada em 2014 pela comunidade por ser um dos únicos lugares da cidade a abrigar uma obra intacta do grafiteiro Alexandre da Hora, o Niggaz.

“A votação instaurada pela consulta pública é uma oportunidade para que esse processo tenha continuidade e as propostas de ocupação do espaço se fortaleçam”, afirmou Roberta Tasselli, uma das integrantes do grupo que discute possibilidades de transformação no local.

Participação cidadã

No ato de lançamento da consulta, que aconteceu no Edifício Matarazzo, no centro da cidade, e teve presença de dezenas de representantes da sociedade civil, o Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro, apontou que a população passou a utilizar as praças de forma mais acentuada por causa da internet livre, principalmente nas periferias, onde essa demanda é grande.

A nova fase do programa, que terá investimentos de R$ 9,2 milhões ao ano, contará com a participação do setor privado para garantir seu financiamento. De acordo com o Secretário, na primeira etapa do programa foi detectado que, ao instalar a conexão à internet no espaço público, ficam latentes outras necessidades, como a criação de mobiliário urbano qualificado, ampliação da iluminação, instalação de equipamentos de utilidade pública, entre outros. A ideia é que as parcerias com a iniciativa privada viabilizem soluções para essas demandas.

A vice-prefeita do município de São Paulo, Nádia Campeão, também esteve presente no ato de lançamento da consulta pública e atentou para a importância de decisões compartilhadas com a população. “Enquanto a gente não consegue chegar a todas [as praças], quais são aquelas que as pessoas dizem ‘essas são mais importantes do que outras, elas conectam mais o bairro’?”, questionou a gestora. Tornar as praças espaços de convivência e interação, na visão dela, é o principal objetivo da iniciativa. “Ocupar a cidade é o caminho, e a praça é um lugar-chave”, acrescentou.

“A votação instaurada pela consulta pública é uma oportunidade para que esse processo tenha continuidade e as propostas de ocupação do espaço se fortaleçam”, afirma Tasselli
“A votação instaurada pela consulta pública é uma oportunidade para que esse processo tenha continuidade e as propostas de ocupação do espaço se fortaleçam”, afirma Tasselli

Indicações de espaços

Além de votar, é possível sugerir uma praça no processo de consulta. Para isso, é necessário incluir foto, endereço, informações e responder à pergunta ‘por que você sugere este local para instalação do WiFi Livre SP?’. Na plataforma, é disponibilizado também um cadastro voluntário para agentes promotores interessados em participar do programa de intervenções.

A consulta fica aberta por 45 dias na plataforma, onde o usuário também tem acesso ao mapa da cidade com as 120 praças que foram beneficiadas na primeira fase do programa, que oferece conexões à internet com velocidade de 512 kbps por pessoa. Ainda não foi divulgado o número total de espaços que serão contemplados pelo projeto nesta segunda fase.

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