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publicado dia 22 de março de 2016

Moradores e movimentos periféricos lançam manifesto contrário ao golpe

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Moradores das periferias urbanas do Brasil e movimentos e coletivos que atuam nestas áreas lançaram um manifesto público em que se posicionam contra o golpe político que pretende derrubar a presidente Dilma Rousseff.

“Nós, moradoras e moradoras das periferias, que nunca dormimos enquanto o gigante acordava, estamos aqui pra mandar um salve bem sonoro aos fascistas: somos contra mais um golpe que está em curso e que nos atinge diretamente!”, aponta o documento.

No texto, os manifestantes não deixaram de apontar erros do governo federal. Eles também se consideram “à margem da margem dos direitos sociais: educação, moradia, cultura, saúde”. “Nós, que sacolejamos por três, quatro horas por dia, espremidos no vagão, busão, lotação, enfrentando grandes distâncias entre nossas casas aos centros econômicos, aos centros de lazer, aos centros do mundo.”

Entre os coletivos, movimentos e organizações que assinam o manifesto estão Agência Mural, Agência Popular Solano Trindade, Bloco do Beco, Brechoteca, Perifatividade, Imargem, Mães de Maio e Uneafro Brasil.

O documento cita também a recente onda de ocupações em escolas públicas de São Paulo e as discussões acerca da inclusão de princípios de igualdade de gênero no Plano Municipal de Educação da capital paulista. “Nós, que ocupamos nossas escolas sem merenda nem estrutura para ensinar e aprender. Nós, professoras e professores, que acreditamos na educação pública e não nos calamos e falamos sim de gênero, sexualidade, história africana e história indígena – ainda que tentem nos impedir.”

“Nós, que somos de várias periferias, nos manifestamos contra o golpe contra o atual governo federal promovido por políticos conservadores, empresários sem compromisso com o povo e uma mídia manipuladora.”

Os manifestantes apontam ainda que a democracia será efetiva “apenas com a ampliação de direitos e conquistas de nosso povo preto, periférico e pobre, a partir da esquerda e de baixo pra cima”.

“Não vai ter golpe. Não vai ter luto. Haverá luta!”, finaliza o manifesto.

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