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publicado dia 27 de janeiro de 2012

“Cidade criativa” é meta para desenvolvimento global

Uma cidade criativa é aquela capaz de comportar certa desordem e irregularidades enquanto renova seus padrões e inventa outras práticas de convivência. A definição foi apresentada por Anamaria Wills – executiva dedicada à produção cultural com atuação em diversos países –, em evento realizado dia 24 de janeiro, no teatro do SESI/FIESP, em homenagem aos 458 anos de São Paulo.

Anamaria Wills em palestra no teatro do Sesi/Fiesp.

De acordo com Wills, a maior contribuição da economia criativa aparece ao gerar um impacto direto no cotidiano, impulsionando o bem-estar e a autoestima das pessoas. “Ainda convivemos com uma lógica educativa do século 19. Esquecemos que quando as pessoas se divertem elas trabalham e desenvolvem melhor as suas atividades”, lembra a empresária. No entanto, ela ressalta que não há fórmulas prontas, já que diferentes realidades requerem diferentes soluções: “acima de tudo, deve-se criar condições para que as propostas visionárias sejam levadas a sério”.

“Para isso”, diz Wills, “é importante observar as singularidades locais”.  Foi o que aplicou, por exemplo, o governo francês, ao estimular alternativas para o transporte e o acesso à cidade. Empresas que financiarem as despesas dos funcionários que adotam a bicicleta como meio de transporte serão recompensadas com isenções – sistema semelhante já é desenvolvido na vizinha Bélgica. Lá paga-se 21 centavos de euro por quilômetro rodado.

Os ganhos são com a saúde e o bem-estar, além de fazer a diferença nas finanças do país: de acordo com o ministro dos transportes francês, Thierry Mariani, 5,6 bilhões de euros são economizados ao se utilizar a bicicleta como meio de transporte. Isso sem falar na redução dos gases poluentes. Outras medidas para melhorar a qualidade da circulação como reformas na engenharia do trânsito, a expansão das ciclovias e o combate ao roubo de bicicletas também estão sendo avaliadas.

A doutora em urbanismo Ana Carla Fonseca constatou três características comuns às comunidades que se pretendem criativas, independente de sua escala, história ou situação econômica: “inovações, cultura e as conexões entre público e privado, entre local e global formam o tripé de uma cidade na qual a criatividade é vista como fator diferencial”.

(Com informações da agência EFE, publicadas na Folha.Com)

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