publicado dia 13 de fevereiro de 2012
A 5° edição da Campus Party no Brasil promoveu na semana passada um encontro entre professores, o secretário de educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, e a cineasta Laís Bodanzky para compartilhar suas experiências e sugestões sobre como é possível utilizar a tecnologia em favor da educação.
Schneider afirmou que, nas salas de aula das escolas públicas, “o recurso é usado com cautela” e ressaltou que “o mais importante é o aprendizado e não o processo pelo qual ele acontece”. Segundo ele, o objetivo “não é correr atrás de tecnologia, mas sim usar aquilo que se tem disponível”.
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Ele contou que projetos de educomunicação têm se mostrado bem sucedidos. Neles os alunos utilizam ferramentas para produzir conteúdos como vídeos, blogs e programas de rádio, com orientação dos professores em sala de aula.
“É possível desenvolver métodos com uso de tecnologias aproveitando a estrutura que os alunos têm”, afirmou o professor Suintila Pedreira, criador de um aplicativo que pode ser transmitido via Bluetooth (sem precisar, portanto, de acesso à internet), e que vem sendo utilizado para orientar atividades em que os alunos fazem experimentos de física fora da sala de aula.
O professor, que leciona para alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campo Grande (MS), afirma que precisava lidar com dois problemas: ministrar uma das matérias que mais reprova alunos e para um público que se divide entre estudar e trabalhar.
“O cinema promove uma identificação entre o personagem e o telespectador”. Foi com está observação que a cineasta Laís Bodanzky argumentou que o audiovisual pode ser uma potencial ferramenta educativa. Ela explica que “a produção do jovem é sempre um autorretrato e, com isso, ele aprende a construir narrativas, buscando compreender quem ele é”.
“Mobilidade digital e educação. A escola para além de seus muros” foi uma das atividades que integrou o Educaparty, espaço reservado para discussão sobre tecnologia e educação.