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Dois estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) afirmam que foram vítimas de homofobia durante uma festa de calouros, na semana passada.

Segundo os alunos, o caso ocorreu há uma semana, na tarde da quinta-feira, durante uma festa no primeiro dia de matrícula dos novos alunos. Dois rapazes, um do primeiro ano e outro do segundo, estavam se beijando no porão, um dos espaços de convivência da faculdade, quando um colega os alertou de que estavam sendo filmados e fotografados por um outro aluno.

De acordo com estudantes que estavam na festa, o garoto que retratava a cena ficava apontando para o casal e comentando de forma maliciosa com três ou quatro colegas. Eles não foram identificados.

Segundo A., de 19 anos, um dos alunos que foram filmados, ele e o outro estudante só perceberam que estavam sendo satirizados porque foram avisados. “Eu me sinto incomodado com isso porque não deixa de ser uma agressão moral”, diz.

De acordo com A., havia mais casais homossexuais na festa – cena que é comum dentro da universidade, segundo ele. “Nunca tinha passado por isso lá”, disse.

O vídeo e as imagens que teriam sido feitas do casal não foram divulgadas. “Acho difícil que isso seja publicado porque vai ficar claro quem foi. E existe uma luta contra o preconceito dentro da faculdade”, afirma o aluno Marcelo Taborda, de 21 anos, que chegou ao porão logo após o ocorrido. Ele é membro do Grupo de Estudos em Direito e Sexualidade da Faculdade de Direito da USP (Geds).

O grupo publicou, em seu blog, uma carta de repúdio em que narra o episódio. Na carta, os alunos narram mais um episódio, ocorrido no mesmo dia.

Segundo eles, ao notarem a quantidade de estudantes homossexuais no recinto, dois calouros teriam dito: “Mano, olha o tanto de ‘veado’ que tem nessa faculdade. Olha onde a gente entrou”.

O texto do Geds recebeu o apoio de diversas entidades do Largo São Francisco, como o Centro Acadêmico XI de Agosto. “Temos de evitar ao máximo que esse tipo de coisa aconteça dentro da universidade”, afirma o estudante Alexandre Ferreira, diretor-geral do centro acadêmico.

A Faculdade de Direito da USP afirma que não tem conhecimento do caso.

(Estadão)

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