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Entre 2000 e 2010, o porcentual de ingressantes em cursos superiores tecnólogos aumentou 547% no Estado de São Paulo, enquanto caiu 20% nas graduações tradicionais. Os dados incluem instituições privadas e públicas. Para especialistas, os números mostram a tendência de expansão dos cursos tecnológicos em detrimento dos bacharelados convencionais.

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Em 2000, eles representavam 3,6% dos novos alunos. Em 2010, dado mais recente, esse número foi para 23,3% – ou seja, um em cada quatro novos alunos escolhe um curso tecnólogo. Em contrapartida, a porcentagem de novos estudantes nas graduações tradicionais, nesse mesmo período, caiu de 96,4% para 76,7% do total no Estado.

Os dados são um recorte do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), feito pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

As graduações tecnológicas são cursos de curta duração, com foco na atuação no mercado de trabalho. Atualmente, os cinco mais procurados pelos estudantes paulistas são Gestão de Recursos Humanos, Gestão Logística, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Financeira e Mercadologia (Marketing), nessa ordem.

O crescimento identificado em São Paulo corresponde à tendência brasileira. Em 2005, o número de ingressantes nesses cursos representava 8,5% do total de novos alunos no ensino superior do País. Já em 2010, essa taxa subiu para 14,8%.

Para Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, as taxas crescentes mostram que o preconceito contra esse tipo de curso está, aos poucos, diminuindo. “Havia uma resistência muito forte dos alunos, que achavam que o diploma não valia nada, e também do mercado de trabalho, que não queria empregar os formados”, afirma. “Alguns conselhos profissionais não queriam conceder registro e algumas empresas não admitiam quem tivesse essa formação.”

Tendência. Para especialistas, a curta duração é um dos maiores atrativos dos tecnólogos. Segundo eles, é esse o tipo de formação que se adapta mais rapidamente às transformações e tendências econômicas.

“O mundo e o mercado estão mais ágeis. O aluno vai atrás desse tipo de curso porque ele responde com mais eficiência às demandas do mercado”, explica Maria Stela Crotti, diretora do Centro Universitário Senac de Campos do Jordão.

“Além disso, são formados profissionais específicos – que não têm formação generalista – para certas áreas de forma rápida, atendendo às demandas. A demora para tirar o diploma pode formar um profissional desatualizado”, diz ela.

A atualização dos currículos interdisciplinares e a constante simulação de ambientes profissionais durante o curso também são outros aspectos que colocam o aluno em sintonia com o mercado. “Procuramos desenvolver no aluno essa capacidade empreendedora, para o estudante ter uma visão ampla”, explica Danilo Duarte, pró-reitor da Universidade Cruzeiro do Sul.

Carlos Monteiro, especialista em ensino superior, afirma que a tendência de crescimento dos cursos superiores de tecnologia deve permanecer. “As graduações tecnológicas e a educação a distância são as chaves para o Brasil ampliar efetivamente o número de alunos no ensino superior”, considera.

(Estadão)

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