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publicado dia 2 de março de 2012

Sem patrocínio, estudantes driblam dificuldades financeiras para se apresentar nos Estados Unidos

“Por amor à ciência.” É desta forma que a professora de física Elizabete Rodrigues define sua principal motivação para realizar o sonho de seus alunos.

Bairro das Malvinas, em Laranjal do Jari, é tema do premiado projeto Biojari

Residentes em Laranjal do Jari, município de 40 mil habitantes há 250 km de Macapá, no Amapá, ela, como orientadora, e um grupo de três estudantes da escola estadual Mineko Hayashida, recém graduados no curso técnico de manutenção de computadores  – Islla Marreiros, Adymailson Santos e Thysianne Teixeira – criaram o projeto BIOJARI: AS MUDANÇAS COMEÇAM A PARTIR DE NOVAS IDEIAS.

O objetivo é desenvolver alternativas que valorizem a qualidade de vida da população ribeirinha da cidade, abrigada em palafitas, sem tratamento de esgoto, segurança e iluminação pública adequada.

Professora e alunos da equipe Bijari, projeto premiado na Mostratec

A proposta foi apresentada na 26ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), evento que  reúne alunos do Ensino Médio e Técnico anualmente em Novo Hamburgo (RS).

Por sua contribuição eles ganharam da Intel o principal prêmio do evento: uma viagem para Pittsburgh, nos Estados Unidos, onde acontecerá em maio a International Science and Engineerig Fair (ISEF), a maior competição pré-universitária de ciências e engenharia do mundo.

[stextbox id=”grey” float=”true” width=”275″ align= “right”]Veja a cobertura completa da 26ª Mostratec[/stextbox]

“Nós moramos numa cidade distante. O prêmio dá as passagens a partir de São Paulo. Além disso, os alunos precisam de um curso de inglês para poder se apresentar”, afirma Elizabete.

Sem qualquer tipo de patrocínio, a professora tem recorrido a empréstimos pessoais para custear as despesas como, por exemplo, a ida do grupo até o consulado norte-americano de Recife para tirar o visto – cidade mais próxima para a expedição do documento, segundo ela -, ou ainda a viagem até a capital Macapá para obtenção dos passaportes.

“A prefeitura e a Câmara estadual colaboraram também”, ressalta, mas faltam recursos financeiros para levar o projeto adiante. “Trabalhamos desde 2010. Os alunos ganharam o prêmio. É importante que se apresentem”, defende a professora.

Maquete final do projeto.

Durante o período de elaboração, desenvolvido em cinco etapas diferentes desde 2010, a equipe realizou um diagnóstico do território, conhecido como bairro das Malvinas. Ouviram as pessoas e compreenderam melhor os laços dos moradores com a comunidade. “Muitos não querem deixar o local porque estão perto do centro comercial da cidade e também por terem família lá desde sempre. Mas reconhecem que precisam de melhorias”, observa.

As propostas para o bairro incluem a viabilização técnica da coleta seletiva de lixo, criação de biodigestores, construção de mais escolas e reforço nas passarelas de acesso.

O curto tempo que possui para alcançar sua meta não a intimida em sua determinação. “Não temos dinheiro e temos que tirar do próprio bolso, já que não temos apoio. O custeio do projeto tem sido financiado por nós. Nos manteremos fortes, que é para continuar.”

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