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publicado dia 9 de janeiro de 2013

Pesquisa com estudantes de escolas particulares mostra que 72% já consumiram álcool

Leis mais rigorosas e melhores campanhas de conscientização estão entre as medidas apontadas por jovens como necessárias na articulação de respostas aos danos causados pelo uso precoce do álcool. Estas foram as ações sugeridas pelos próprios estudantes entrevistados na pesquisa “Nós, Jovens Brasileiros 2012”, realizada pelo Portal Educacional.

Os resultados, consolidados em quatro verbetes, “Álcool e Drogas, Sexo, Internet e Violência”, estão disponíveis para consulta online no próprio Portal Educacional, com textos e gráficos elaborados pelos próprios alunos. A apresentação também disponibiliza vídeos com os dados.

No tema Álcool e Drogas, 72% afirmaram já terem bebido pelo menos uma vez. Além disso, 62% afirmaram já terem frequentado lugares que vendiam álcool para menores, embora a proibição prevista como crime na lei.

A psiquiatra e pesquisadora Camila Magalhães Silveira, que atua na unidade de dependência química da Universidade de São Paulo (USP), alerta para os riscos precoces do contato com o álcool. “Adiar o contato com a droga é fundamental, porque é na adolescência que acontece a maturação do funcionamento cognitivo, da fala, da atenção e da memória”, adverte.

Quanto mais cedo o primeiro gole, maiores os riscos de dependência na idade adulta. Segundo ela, a idade média do primeiro contato, no Brasil, é aos 15 anos.

[stextbox id=”custom” caption=”“Nós, Jovens Brasileiros 2012”” float=”true” align=”right” width=”250″]Em sua sétima edição, o projeto desenvolvido pelo Portal Educacional contou com a participação de 3,5 mil estudantes de todo o Brasil. Foram entrevistados 3438 alunos da 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio (13 a 17 anos) de 61 escolas particulares. As respostas são anônimas. O diferencial, desta vez, foi a metodologia aplicada. As perguntas para o questionário da pesquisa foram elaboradas pelos próprios alunos, responsáveis também pela análise e interpretação de dados, posteriormente comentadas em vídeo pelo psiquiatra Jairo Bouer.[/stextbox]

Entre as soluções apontadas, os jovens também sugerem um maior controle na veiculação de campanhas que promovam o consumo de álcool, além da geração de oportunidades de trabalho e integração social para aqueles que lidam com situações de vulnerabilidade social.

Camila lembra que a dependência química de álcool pega 3% das pessoas que consomem o produto. É a droga que mais mata no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, de acordo com a doutora, o percurso que leva à dependência é longo, durando de nove a 10 anos para se instalar completamente.

Maconha
Uma das perguntas do questionário revela a percepção dos entrevistados quanto à descriminalização da substância. Aproximadamente 30% acreditam que a medida é necessária, enquanto 26% creem no uso controlado da droga. Já outros 44% reprovariam a ação, temendo um suposto aumento do consumo e do tráfico.

Pesquisa

Realizado desde 2006, o projeto “Este Jovem Brasileiro” já contabiliza a participação de mais de 80 mil estudantes de todo o país. O objetivo é traçar o perfil dos entrevistados com relação a temas como comportamento de risco, relações familiares, sexualidade, relação com a internet e saúde.

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